Malanje - Um projecto de protecção da Palanca Negra Gigante e do seu habitat, no município de Cangandala, poderá ser desenvolvido a partir dos próximos dias, pela Agência Francesa para o Desenvolvimento, por um período de quatro anos.
Avaliado em 30 milhões e 600 mil euros, a iniciativa prevê a construção de infra-estruturas, formação de novos fiscais e capacitação dos actuais, entre outros aspectos, no parque nacional de Cangandala e na reserva natural do Luando, província do (Bié).
No acto de apresentação esta quinta-feira do projecto, o governador provincial, Marcos Nhunga, enalteceu a iniciativa e aproveitou a ocasião para divulgar as potencialidades turísticas e ambientais da região, bem como lançou um repto aos empresários franceses para investimentos nestas áreas.
Por sua vez, a directora do Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, Jacinta Peres, disse trata-se inicialmente de uma intenção manifestada pela Agência Francesa, mas tudo será feito por parte do Governo local para a concretização desse desiderato.
A chefe de missão da Agência Francesa para o Desenvolvimento, Naig Cozannet, disse ser intenção da instituição apoiar outras iniciativas ligadas à conservação da biodiversidade, na província, com destaque para o parque, daí a necessidade de colaboração das autoridades locais.
O administrador do Parque Nacional de Cangandala, Victor Paca, precisou que nesta altura em Cangandala existem 147 Palancas Negras, enquanto o número de exemplares na reserva do Luando ainda é desconhecido, uma vez que o último censo efectuado não abrangeu a circunscrição.
O Parque Nacional de Cangandala ocupa uma área de 630 quilómetros quadrados e conta com apenas 85 fiscais, para além de carecer de infra-estruturas de apoio e 22 pastores da Palanca na Reserva do Luando. NC/PBC