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Missão de paz da ONU na RDC encerra base em Bukavu

     África              
  • Luanda • Terça, 25 Junho de 2024 | 17h52
Bandeira da República Democrática do Congo
Bandeira da República Democrática do Congo
Divulgação

Kinshasa - A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) encerrou hoje a base em Bukavu, sede das suas operações no Kivu do Sul há mais de 20 anos, prosseguindo a sua saída pedida por Kinshasa, segundo o site Notícias ao Minuto.

A Monusco tinha anunciado o fim das operações no Kivu do Sul em 30 de Abril, afirmando que deixaria apenas o pessoal necessário para garantir a segurança das instalações na província até ao fim da sua retirada.

A saída total da missão, adoptada pelo Conselho de Segurança da ONU em Dezembro, está prevista em três fases, sendo que a primeira tinha a ver com esta região.

Foi fixado um prazo para esta fase, mas não para as outras duas, que dirá respeito ao Kivu do Norte e a Ituri, as duas províncias mais problemáticas do leste da RDC, país que faz fronteira com Angola.

A Monusco "transferiu para as autoridades nacionais ou encerrou sete bases ou locais" no Kivu do Sul (Baraka, Bukavu, Bunyakiri, Kamanyola, Kavumu, Rutemba e Sange) e 15 outras instalações, declarou a missão num comunicado de imprensa.

Existem ainda três bases (Mikenge, Minembwe, Uvira) que, embora tenham cessado as suas actividades segundo a Monusco, devem ser transferidas para o exército congolês "nas próximas semanas", acrescenta-se no comunicado.

A primeira transferência ocorreu em 28 de Fevereiro em Kamanyola, quando a polícia congolesa tomou posse da base da ONU nesta cidade próxima das fronteiras do Rwanda e do Burundi.

Durante uma visita ao local em Abril, uma equipa da agência noticiosa France-Presse (AFP) constatou que os polícias estavam entregues a si próprios, queixando-se de falta de alimentos, água e electricidade.

No entanto, numa cerimónia realizada hoje no aeroporto de Kavumu, perto de Bukavu, o chefe da Monusco, Bintou Keita, afirmou que a primeira fase da retirada tinha sido "amplamente bem-sucedida".

O ministro do Interior, Jacquemin Shabani, declarou que a RDC, embora tenha solicitado a sua partida, reconheceu "o trabalho louvável efectuado pela Monusco em seu nome".

"Quando chegou, em 1999, o país estava dividido em três partes, duas das quais estavam ocupadas por rebeliões. Hoje, temos um único país que estamos a defender contra qualquer desestabilização, agressão externa ou ocupação", acrescentou o ministro.

Desde o final de 2021, o Kivu do Norte é dominado por uma rebelião liderada pelo M23 que, com o apoio de unidades do exército rwandês, se apoderou de vastas faixas de território.

Antes do início da sua retirada, a Monusco contava com cerca de 15.000 efectivos de manutenção da paz. MOY/AM

 





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