Maputo - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, pediu hoje que os moçambicanos continuem a observar as medidas de prevenção contra o novo coronavírus, considerando que o país está a fazer contactos para obtenção da vacina, mas o processo vai levar tempo.
"Mesmo com a vacina eficaz, teremos de continuar a implementar as medidas básicas de prevenção", disse Filipe Nyusi, numa declaração à nação por ocasião do fim de ano a partir da Ponta Vermelha, em Maputo.
Segundo o chefe de Estado moçambicano, Moçambique não está à margem do debate sobre vacinas, estando em curso contactos para a aquisição, mas o processo pode levar tempo.
"As vacinas, por si só, não vão proteger o mundo. Por outro lado, precisaremos de meses ou anos para vacinar todo mundo", declarou o chefe de Estado.
Moçambique vive em situação de calamidade pública decretada a 04 de Setembro, após o término do segundo estado de emergência no país, e só foi possível após uma revisão da legislação.
Apesar de as autoridades reiterarem o pedido para que se mantenha as medidas de prevenção, o país tem adoptado gradualmente o alívio das restrições, com destaque para emissão de vistos de turismo e o fim da necessidade de quarentena para quem chega com teste negativo ao país.
No seu discurso de hoje, o chefe de Estado moçambicano anunciou a reabertura dos estabelecimentos de diversão, mas com um novo horário: 09h00 até às 16h00, entre domingo e quinta-feira, e 09h00 até às 19h00, na sexta-feira e no sábado.
Além disso, segundo chefe de Estado, é autorizada a prática de desporto colectivo e o número mínimo de pessoas em eventos privados passa de 40 para 50 em locais fechados, havendo um limite de 150 pessoas, se for ao ar livre.
Por outro lado, para quem chega ao país, o período de validade do teste negativo exigido passa de 72 horas para 92 horas.
"Devemos agir com responsabilidade e realismo. As medidas hoje anunciadas podem ser alteradas em função da progressão da pandemia", declarou.
Moçambique mantém, no geral, as restrições que o país adoptou nos últimos seis meses, com destaque para o uso obrigatório de máscaras e a proibição de aglomerações.
Desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de Março, o país registou um total de 17.256 casos, 145 óbitos e 15.257 (88%) pessoas são dadas como recuperadas, segundo as últimas actualizações.
Em África, há 57.422 mortos confirmados em mais de 2,4 milhões de infectados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.