Ondjiva - O sociólogo Miguel Dianduala defendeu, esta segunda-feira, na cidade de Ondjiva (Cunene), a necessidade do uso racional das redes sociais, de modo a evitar situações que possam lesar o bom nome.
Em declarações à ANGOP, a propósito da semana mundial de combate ao discurso do ódio, a decorrer de 17 a 20 do corrente mês, o sociólogo lamentou o facto das redes sociais estarem viradas intencionalmente à mensagens de violência, incitação ao ódio e desrespeito às pessoas, famílias e instituições.
Reconheceu que a internet, em particular as redes sociais, vieram democratizar a informação, mas que, também, tornaram-se numa ferramenta muito usada para a propagação da desinformação e do ataque gratuito à honra e ao bom nome das pessoas.
“Lamentavelmente, muitos cidadãos sentem a necessidade de debitar a sua opinião através destas plataformas, onde indivíduos com mentes completamente maquiavélicas e de ódio, usam como fontes de depreciar, difamar, caluniar e assassinar o carácter de outros”, explicou.
Por este facto, o sociólogo defendeu a necessidade de se prestar mais atenção ao uso das redes sociais, para se evitar os perigos que delas advêm, apesar de trazerem vantagens enormes na vida do ser humano.
O sociólogo realçou que a internet é um valioso e poderoso instrumento de comunicação, que deveria tornar-se numa escola e servir, sobretudo, para formação e informação.
“Os usuários com particular realce aos jovens devem aproveitar o melhor das redes sociais como meio de aproximação, comunicação, educação e moralização social, e não para o pior, como difundir mensagens de acusações e intrigas”, sustentou.
Miguel Dianduala advogou também a necessidade de se trabalhar mais na literacia digital e no uso responsável das novas tecnologias, assim como incentivar a cultura de denúncias de mensagens de ódio.
A jornada visa celebrar o Dia Mundial de Combate ao Ódio, a assinalar-se a 18 de Junho, cuja data foi instituída pela Organização das Nações Unidas em 2019.
A data visa combater a discriminação, a xenofobia e o discurso de ódio, solicitando a todos os autores, incluído os Estados, a aumentarem os seus esforços para lidar com o fenómeno nos marcos universais dos Direitos Humanos. FI/LHE/OHA