Cuito – Quarenta e oito reclusos do Estabelecimento Penitenciário do Cuito, província do Bié, terminam hoje (sexta-feira) o primeiro curso de formação técnico profissional na especialidade de canalização e alvenaria, referente ao ano lectivo 2022/23.
Na ocasião, o chefe dos serviços provinciais do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) no Bié, Filipe Sitaque, frisou que a formação enquadra-se no processo de reabilitação e reintegração social dos reclusos.
Filipe Sitaque assegurou que a instituição vai trabalhar no sentido de expandir a formação técnico profissional aos reclusos internados na cadeia de Capolo, situado a cerca de 60 quilómetros da cidade do Cuito.
Em gesto de agradecimento, o formando Álvaro Praia da Fonseca salientou que, depois de ser contemplado com esta acção formativa, sente-se um empreendedor e, quando for liberto, vai criar um negócio para o seu sustento.
Solicitou ao INEFOP a abertura de mais cursos, principalmente nas especialidades de electricidade mecânica, serralharia, decoração e corte e costura.
A ocasião serviu igualmente para marcar o final lectivo dos módulos 1 e 2 (5ª e 6ª classes), de alfabetização e aceleração escolar, nos centros penitenciários do Cuito e Capolo, em que estiveram envolvidos 187 reclusos.
Já o director dos Serviços Penitenciários do Bié, sub-comissário-prisional Catela Montenegro de Carvalho, sublinhou que, apesar de estarem temporariamente privados de liberdade, os reclusos não estão impedidos de aprenderem alguma profissão, que os vais ajudar a ingressar no mercado do emprego, quando estiverem em liberdade.
Os Serviços Penitenciários do Bié controla actualmente 933 reclusos, dos quais 612 no estabelecimento prisional do Cuito e 324 no Capolo.AS/PLB