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Psicóloga sugere estudo sobre política de reforma

     Sociedade              
  • Luanda • Terça, 18 Julho de 2023 | 09h01

Luanda – A psicóloga Amélia Almeida sugeriu, esta segunda-feira, a realização de encontros com a classe de trabalhadores reformados para melhor se entender o seu dia-a-dia e definir uma melhor política em relação ao processo de reforma.

Em entrevista à ANGOP, para abordar o sistema de protecção social dos reformados, disse que cada sector ou empresa deve reunir os seus trabalhadores reformados para compreender quais as suas aspirações e dificuldades.

Disse que a resistência à reforma, por parte de muitos trabalhadores, tem a ver com o facto de a fase representar a diminuição do seu rendimento, pois do seu salário, enquanto activo, são retirados os vários subsídios, deixando-o numa situação de vulnerabilidade nesta etapa.

“O grande problema é que quando a pessoa está activa recebe maior benesses e quando vai à reforma há uma desvalorização salarial, isto tem sido um calcanhar de Aquiles, pois trata-se de um período em que as pessoas procuram mais os serviços de saúde porque, por conta da idade, vão adquirindo diversas doenças crónicas”, frisou.

Por isso, a psicóloga disse que um encontro com os reformados ia apontar caminhos, sugerir políticas e acções para garantir a sustentabilidade do sistema de pensões de reforma dos angolanos.

Numa perspectiva psicológica, deve-se abordar a forma como os diferentes agentes (empresas, governo e indivíduos) lidam com a transição da vida activa para a reforma.

No seu entender, há falta de iniciativas que abranjam esta última fase da vida activa, principalmente para facilitar uma mudança radical no dia-a-dia daqueles que trabalharam há dezenas de anos.

Aos reformados, aconselhou a não se sentir rejeitado, pois tudo na vida obedece um ciclo com princípio e fim.

As empresas, disse, devem comunicar com antecedência e num período de dois a três anos começar a preparar o trabalhador para esta realidade.

Amélia Almeida aconselhou os trabalhadores a investir mais em si, para viver esta fase com tranquilidade, pois, no seu entender, a dor é inevitável porque se deixa algo que se fez durante 35 anos, mas a intensidade deve ser atenuada com uma preparação da pré-reforma, como investir em pequenos negócios, para não ficar envolvidos numa decadência.

Medidas contra a insatisfação com à reforma

Para ultrapassar esta insatisfação com que muitos  enfrentam na reforma, a especialista, também conhecida como psicóloga africana, defende a criação de programas de preparação para a reforma que variam de acordo com os objectivos das pessoas e que visam o seu bem-estar e a reorientação das suas vidas para outras actividades.

"A reforma já não se trata apenas de receber uma pensão, mas de uma mudança na nossa vida quotidiana que requer adaptação. Conscientes desta realidade, devemos, como sociedade, reflectir sobre nós próprios, os estigmas e preconceitos que temos associado a esta etapa e o valor que ela merece", sublinha.

Para se alcançar maior satisfação nesta etapa da vida, defende a promoção, a partir das instituições, do apoio social, procurando eliminar as conotações negativas da fase dos reformados.

Outra ideia, que no seu entender, não está a ser implementada pelos recursos humanos, mas que facilitariam a saída de trabalhadores é o desenvolvimento de planos de mentoria para que os reformados que o desejem possam integrar novos membros da força de trabalho no seu ambiente já de si extra-trabalhador, ou empregos ponte, que implicam uma adaptação progressiva a uma nova vida e melhoram a satisfação na reforma.

Para si, estas acções devem começar entre dois e cinco anos antes da reforma e durar entre seis e doze meses após a reforma.

Amélia Almeida considerou grave quando um reformado reduz também a sua presença em ciclos sociais, porque mata a energia que ainda há em si e começa o processo de envelhecimento mental precoce.

Sistema de reforma em Angola

O pedido de reforma ao Instituto Nacional de Segurança Social pode ser feito em duas circunstâncias - quando o trabalhador tem um histórico de contribuições para o sistema, seguidas ou interpoladas de 420 meses (35 anos), ou quando atinge os 60 anos de idade.

Pode também pedir a antecipação da reforma se tiver 50 anos e 180 meses de exercício laboral efectivo em actividade penosa e desgastante com a entrada das respectivas contribuições.

 O valor da reforma é calculado segundo a fórmula P (reforma) = R (salário médio mensal bruto dos últimos 12 meses para os funcionários públicos e 36 para os restantes) x N (numero de meses com contribuições efectivas) / 420.

Pode juntar-se à carreira contributiva seis meses por cada ano de serviço, até um máximo de 10. Em termos práticos pode acrescentar-se 60 ao número de meses com contribuições efectivas.

No entanto, independentemente do valor calculado, existem limites no valor, a pensão máxima a ser paga pelo INSS é de 578.336,30 Kz e o valor mínimo de 33.598,20 kz. ML/ART





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