Luena – Os trabalhadores da Delegação Provincial da Justiça e dos Direitos Humanos no Moxico decretaram, esta terça-feira, uma greve de quatro dias (14 a 18) para reivindicarem melhores condições sociais.
Durante o período que durar a greve, só será emitida a certidão de óbito, como serviços mínimos previsto por lei.
De acordo com o coordenador adjunto da comissão instaladora do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA), no Moxico, José Cotingo, a greve visa chamar a atenção ao governo para o cumprimento dos pontos constantes do caderno reivindicativo em discussão desde 2021.
No caderno reivindicativo, os trabalhadores do sector de Justiça exigem, entre outros benefícios, aumento salarial, promoções de categorias dos oficiais, seguro de saúde, condições de trabalho e o de ingresso de novos funcionários para preenchimentos de vagas no ministério.
Já o filiado da SOJA, Elídio Lubatti, explicou que uma das questões que merecem destaque no caderno reivindicativo, são as condições de trabalho e a promoção dos funcionários, pois há trabalhadores com mais de 20 anos que nunca foram promovidos.
“Temos péssimas condições de trabalho, às vezes há dificuldades de efectuar cópia ou impressão de um documento, por falta de impressora e materiais gastaveis”, lamentou o funcionário de Justiça.
O utente Gilson Pedro, que se deslocou à conservatória, viu-se impedido de autenticar um termo de responsabilidade devido a greve, apelando ao governo para resolver o problema dos profissionais.
Por seu turno, Francisco Mutota disse que a paralisação dos serviços de conservatório e de notário está a impedir de registar os seus filhos à escola.
A ANGOP tentou contactar a direcção da Justiça, mas essa remeteu-se ao silêncio. ISAU/LTY/YD