Icolo e Bengo - Várias residências em construção, sem autorização, no perímetro do Novo Aeroporto Internacional de Luanda Dr. António Agostinho Neto (NAIL), estão a ser demolidas pela administração distrital da Bela Vista, município do Icolo e Bengo.
Segundo o administrador do distrito de Bela Vista, Domingos Adão de Azevedo, as demolições visam repor a legalidade e prevenir mais ocupações ilegais.
"Vamos continuar a demolir todas as obras feitas sem autorização, sem licença de vedação e de construção, e sem obedecer a qualquer norma técnica", reforçou.
Alguns cidadão insistem em ocupar ilegalmente terrenos e construir sem autorização, em locais previamente proibidos pelo Estado, obrigando às autoridades a tomada de medidas repressivas.
Em virtude da construção do NAIL, vários hectares estão reservados para a edificação de uma cidade aeroportuária, espaço esse que tem sido invadido por supostos invasores.
Com uma extensão de 1.324 hectares, o Novo Aeroporto Internacional de Luanda, situado na comuna do Bom Jesus, município de Icolo e Bengo, em Luanda, está projectado para receber 15 milhões de passageiros/ano, após a sua conclusão.
O projecto consubstancia-se numa cidade aeroportuária, com prédios modernos e serviços complementares, num perímetro onde coabitam edifícios, jardins e equipamentos de última geração.
Em concreto, o projecto abarca, nos seus 75 quilómetros quadrados de área, a estrutura principal do aeroporto, um terminal protocolar à parte, outro de carga, dois centros de bombeiros, um hotel com 53 quartos, edifícios de controlo de tráfego integrado, de controlo de tráfego aéreo e um posto de abastecimento de combustível.
De acordo com a memória descritiva, a futura cidade aeroportuária terá, igualmente, as sedes da Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA) e da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA-EP), um prédio para serviços de catering (confecção de alimentos servidos a bordo) e um outro para equipamentos de apoio às aeronaves.
Contará ainda com uma sub-estação eléctrica, um terminal de armazenamento de combustíveis, três centrais de refrigeração, edifício dos órgãos de inspecção e segurança, terminal de cargas e dois centros médicos para primeiros socorros.
A nova cidade terá ainda ma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), uma incineradora para resíduos sólidos, a Academia Angolana de Aviação Civil e zonas virgens para investimentos privados.
Outra valência da infra-estrutura tem a ver com os dois parques de estacionamento (um na superfície e outro subterrâneo) para mil 650 viaturas no total, e os seus três terminais interligados pelo salão de embarque e para além de caves, possui um entrepiso destinado às chegadas, e o primeiro piso é reservado às partidas. AJQ