Viana - Os munícipes de Viana defenderam nesta sexta-feira, durante um encontro de auscultação realizado na Universidade Jean Piaget, o envolvimento de toda sociedade na solução da situação da ‘’criança de rua e na rua”.
O acto organizado pela Administração Municipal de Viana na busca de soluções concretas para se estancar o fenômeno na circunscrição, foi prestigiado pelo director do Instituto Nacional da Criança (INAC), Paulo KalesI.
‘’Não cabe apenas o governo na superação deste grave problema, mais sim todos os actores sociais devem se empenhar cada com a sua ideia para se retirar as crianças da rua’’, defenderam.
De acordo com os participantes, as crianças veem de um meio familiar onde se deve residir o foco, como a educação de base e o seu acompanhamento.
Precisaram que os centros de acolhimento devem ser o último recurso para se colocar as crianças, a fim de se evitar vícios, já que muitas delas têm os seus pais.
A desestruturação familiar, com realce para a fuga a paternidade, crise económica, aliada aos níveis de elevada pobreza no seio das famílias, questões religiosas, entre outras, foram apontadas como as principais causas que levam a que muitas crianças abandonem os seus lares.
A administradora municipal adjunta para a área Politica e Social, Paula Contreiras Dias, avançou que uma das soluções passa pela a sensibilização das famílias, sobretudo os pais como sendo estes os responsáveis que devem prestar maior apoio aos seus educandos.
Enquanto isso, o director do INAC, Paulo Kalesi disse que todos os princípios devem estar focados na criança e às famílias, enquanto o Estado e as instituições devem desempenhar o seu real papel para esta causa.
“Nós adultos devemos preparar a criança desde a tenra idade para não criarmos delinquentes no futuro, porque uma criança mal preparada é um perigo para a sociedade”, defendeu.
Frisou que se todos derem as mãos e partir-se para a acção será possível eliminar o mal que enferma a sociedade.
‘’Muitas destas crianças que deambulam diariamente nas ruas têm familiares, o que é necessário fazer é deixar de lhes oferecer comida, dinheiro e outras acções caridosas. Estes actos não contribuem para o bem, mas sim incentivam mais no aumento de crianças mendigas nas ruas’’ - salientou.