Huambo – O Tribunal da Comarca do Bailundo, província do Huambo, condenou, quinta-feira, três agentes censitários, a 45 dias de prisão, com pena suspensa, por crime de abuso de confiança, soube a ANGOP.
Trata-se dos arguidos Filipe Lopes Victor, Paulino Rosário Caputo e Eugénio Anastácio Nunda, acusados de se apropriarem dos chips das tabletes para o registo dos dados do Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo2024) iniciado a 19 de Setembro último.
Na leitura da sentença, do processo nº20/2024, a juíza de direito e presidente da causa, Deize de Almeida, disse que a comissão local preparatória do Censo 2024 detectou o desaparecimento de 67 chips, sendo que 13 foram recuperados e quatro dos quais em posse dos co-arguidos.
Assim, por serem réus primários e confessos, o tribunal condenou os co-arguidos a uma pena de 45 dias de multa e ao pagamento colectivo de uma taxa de justiça de 85 mil Kwanzas.
Entretanto, a juíza absolveu o arguido e agente censitário Feliciano Faria, por insuficiência de provas.
Trabalham na província do Huambo um total de seis mil 95 recenseadores, distribuídos nos 11 municípios e nas 37 comunas, que estarão munidos com as condições logísticas, para a recolha dos dados durante as entrevistas.
O Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo2024) aberto a 19 de Setembro último, vai decorrer até 19 do corrente mês, sob o lema “Juntos contamos por Angola”.
O Censo 2024 é o terceiro da história do país, sendo o primeiro realizado em 1970, cinco anos antes da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975, enquanto o segundo em 2014
O processo visa saber, com precisão, o número de habitantes no país, quantos homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem, cujas informações poderão servir para a melhor planificação e distribuição de serviços essenciais para todos os angolanos. ZZN/ALH