Catumbela – O cemitério Municipal da Catumbela, na província de Benguela, está a ser requalificado faseadamente, desde o último mês de Setembro, apesar da actividade funerária continuar com o curso normal, soube a ANGOP, esta quarta-feira.
Segundo o chefe do sector de infra-estruturas da Administração, Edgar Albino, foi adoptada esta opção (por fases) devido a limitações financeiras.
Explicou que várias empreiteiras convidadas cobravam avultadas somas para execução das obras, chegando a pedir valores acima de trezentos milhões de kwanzas, o que ultrapassa a capacidade da administração local.
“A Administração optou por trabalhar com a empresa Gutierres Engenharia, de direito angolano, que aceitou avançar com o projecto trabalhando faseadamente, sem pedir somas exageradas”, disse.
A prioridade nas obras do cemitério, com sete hectares, vai para a construção de um novo muro de vedação, devido à degradação do actual, lancis, passeios, pavimento e a arborização.
Em relação a grande quantidade de campas partidas ou maltratadas, o técnico informou que a instituição vai contar com a colaboração dos cidadãos para dar uma imagem condigna a cada quarteirão.
Por outro lado, o responsável do cemitério, Adelino Rodrigues, informou que ultimamente "reduziu bastante” a vandalização das campas e jazigos, devido ao alerta dado à Polícia Nacional, que nas suas operações, já encarcerou vários meliantes.
“Registamos estas situações com grande ênfase em 2020. Dali pra cá, vamos notando poucas acções, que são realizadas no período nocturno, com o único objetivo de vender o cobre e o chumbo das urnas a sucateiros”, esclareceu.
Quanto aos funerais que envolvem muita gente e viaturas, informou não haver nenhum constrangimento em relação aos comboios do Caminho de Ferro de Benguela (CFB) que circulam ali, já que a poucos metros do cemitério foi colocado uma cancela na linha férrea.
Referiu-se igualmente ao fenómeno de rapazes com idades compreendidas entre os 11 aos 25 anos que aparecem ali, principalmente aos fins-de-semana e no dia dos finados, para fazer limpeza nas campas.
De acordo com o responsável, alguns deles fazem este trabalho para angariar dinheiro para sustento próprio, enquanto outros usam os valores para sustentar vícios como o consumo de bebidas e de drogas.
O Cemitério Municipal da Catumbela foi construído em 1889 e conta com seis trabalhadores, sendo um efectivo e cinco eventuais.