Luanda – O anúncio que a capital angolana acolhe, de 2 a 5 de Abril próximo, a conferência "New Space in Africa 2024", numa iniciativa da União Africana (UA) e da "Space in Africa", constitui o destaque social da semana que hoje, sábado, termina.
O anúncio foi feito pelo ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, no final de um encontro com responsáveis da União Africana para Área Espacial, Ouattara Tidiane, e da Space in Africa, Temidamo Oniosun, que efectuaram uma visita de trabalho ao país, destinada a inteirar-se dos preparativos do evento.
O evento vai decorrer sob o lema "O papel do espaço na diminuição da pobreza em África".
Segundo o ministro, pretende-se com a realização da cimeira trabalhar com a União Africana na perspectiva de que esta indústria contribua para aquilo que são os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e do programa da UA.
Ainda nesta semana, o ministro Mário de Oliveira considerou a imprensa estrangeira uma parceira importante para o crescimento socioeconómico do país, mediante a divulgação da realidade angolana e formas de contribuição para a diplomacia económica.
“Com a divulgação de informação credível, séria e responsável da realidade de Angola, podemos, a partir dos seus países, angariar investidores que venham contribuir para a diversificação e desenvolvimento da nossa economia”, afirmou o ministro.
Mário de Oliveira falava num encontro com correspondentes acreditados em Angola, realizado no Centro de Imprensa Anibal de Melo, com a finalidade de fortalecer os laços entre o Governo angolano e a imprensa estrangeira.
Sublinhou que a imprensa pode ajudar o país a alcançar maior visibilidade no estrangeiro.
Neste período, a ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, disse que os museus, além de proporcionarem conhecimento da história e cultura de um país e povo, constituem pontos turísticos de captação de receitas.
A governante, que falava à ANGOP no final de uma visita ao Museu de Arte Islâmica de Doha, afirmou que as pessoas vão aos museus ver o acervo museológico mas acabam por comprar alguma recordação, deixando receitas para o país.
Disse ter ficado impressionado com “a questão da escrita, como começou”, referindo que o museu é muito organizadinho”.
Outro destaque foi o anúncio, feito pelo secretário de Estado da Saúde para Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, que o primeiro Instituto de Anatomia Forense do país vai agregar serviços de cremação de corpos humanos, de formação para médicos, técnicos de diagnósticos e áreas de ciências policiais.
O instituto está a ser erguido no distrito da Camama, município do Talatona, em Luanda, numa área de oito mil e 897 metros quadrados e será equipado com material de última geração.
Segundo o secretário, que prestou breves explicações à imprensa, no quadro da visita de constatação do Presidente da República, João Lourenço, o instituto terá uma componente mista, concretamente medicina legal e criminalística.
Ainda no domínio da Saúde, a direcção do Hospital Josina Machel desmentiu informações veiculadas por alguns órgãos de comunicação social sobre a paralisação do serviço de Tomografia Computorizada (TAC), por conta de uma dívida contraída entre a unidade sanitária e a empresa de manutenção do aparelho.
Em conferência de imprensa, o director-geral do Hospital Josina Machel, Carlos Zeca, explicou que o serviço de TAC nunca esteve paralisado e que, diariamente, são realizados entre 117 a 120 exames, distribuídos nas áreas de ecografia, Raio X e tomografia.
Carlos Zeca disse que o contrato de prestação de serviço com a empresa Tecnocmede, responsável pela manutenção do aparelho de TAC, continua vigente, sendo que as revisões são feitas duas vezes por ano, conforme estipulado no contrato.
Fez manchete o lançamento da obra "Memórias da independência", do jornalista Guilherme Galiano, realizado no auditório da Fundação Sagrada Esperança, em Luanda, numa iniciativa da Editora Acácia.
O livro de história é resumo de 69 entrevistas do autor a personalidades, no programa emitido pela TV Zimbo, em 2015, que marcou a agenda mediática e se tornou numa referência de qualidade e de “serviço público” na televisão angolana.
De acordo com o prefácio, o livro “revela perspectivas subjectivas, episódios até hoje mantidos no espaço mais restrito do foro privado, histórias inesperadas, vividas e contadas por um conjunto de personalidades, que, oriundas de diferentes quadrantes políticos e sociais, aceitaram partilhá-las num projecto televisivo intitulado “Memórias da Independência”.
Em declarações à imprensa, o secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas, referiu que à obra é de capital importância, pois a juventude poderá a partir da mesma aprender sobre a Independência nacional.