Mbanza Kongo – A província do Zaire, Norte de Angola, não regista, há quatro anos, casos positivos da tripanossomíase africana, vulgo doença do sono, informou esta quinta-feira, em Mbanza Kongo, fonte sanitária.
Em declarações à ANGOP, o supervisor provincial da promoção da saúde, Andrade Lunzayilawo Kianzuaku, informou que os últimos quatro casos da doença foram detectados em 2018, nos municípios de Mbanza Kongo e Cuimba.
A fonte atribui este ganho às campanhas de prospecção activa levadas a cabo pelas autoridades sanitárias locais em zonas outrora consideradas endémicas, aliadas à luta anti-vectorial.
“É do vosso conhecimento que o Zaire já foi considerado uma das províncias mais endémicas do país em termos da doença do sono. Felizmente, hoje, o quadro é muito diferente”, referiu.
Sugeriu a realização de mais campanhas de prospecção activa um pouco por todos os municípios da região para detectar eventuais casos desta doença, assim como a colocação de armadilhas para a captura da mosca tsé-tsé, vector da doença do sono.
Apontou as comunas de Kindege (Nzeto), Serra de Kanda (Cuimba), Kaluka e Madimba (Mbanza Kongo), Pedra de Feitiço e Quêlo, no município do Soyo como as localidades suspeitas da doença a nível da região.
Para o efeito, disse, as autoridades sanitárias locais recepcionaram, recentemente, da direcção geral da Saúde Pública, três mil 800 testes rápidos para o despiste da doença do sono em todos os municípios da província.
“Os testes rápidos estão disponíveis em todos os hospitais municipais e comunais da nossa província. Basta o cidadão solicitar e será logo examinado”, explicou.
Com uma extensão territorial de 40 mil e 130 quilómetros quadrados, a província do Zaire, tem uma população estimada em mais de 500 mil habitantes distribuídos em seis municípios, 25 comunas e 711 aldeias.