Luanda – O “Projecto Sangue Seguro”, implementado pelo sector da saúde, está a permitir a melhoria na qualidade do atendimento a todos os níveis, desde equipamentos, reagentes e material gastável das instituições hospitalares públicas e algumas privadas.
O país conta com 183 serviços de transfusão de diferentes níveis de complexidade, sendo um Instituto Nacional de Sangue, o centro de referência nacional, 18 centros provinciais de sangue, 35 serviços de hemoterapia em Luanda, entre instituições públicas, privadas e do sub-sistema militar, e 130 dos serviços municipais distribuídos pelas 17 províncias.
No âmbito deste projecto, foram montados 17 MiniVidas a nível do país, sendo dois na província do Moxico e um para cada uma das restantes províncias, com excepção de Cabinda que já possui um MiniVida e Luanda com dois que cobrem as necessidades.
MiniVida é um sistema compacto e automatizado de imunoensaio com base nos princípios ELFA (Teste Imunoenzimático por Fluorescência). Conveniente e fácil de usar, proporciona resultados de teste precisos.
Foram, igualmente, adquiridos e distribuídos dois milhões de testes rápidos, sendo um milhão para VIH e um milhão para Malária, reagentes para o despiste de doenças transmissíveis por transfusão para o Instituto Nacional de Sangue (INS) e o Hospital Central do Huambo
O pacote inclui, ainda, o aparelho NAT e reagentes simultaneamente para o despiste do VIH e das hepatites, equipamento para realizar a separação de componentes nos hospitais Geral de Saurimo (Lunda Sul), Municipal do Menongue (Cuando Cubango), provincial Agostinho Neto (Namibe), Geral do Bengo, Regional de Malanje e Geral do Luena (Moxico).
No domínio dos medicamentos, o sector recorreu a modalidade das compras agrupadas, através da Plataforma Electrónica do Serviço Nacional de Contratação Pública (SNCP) do Ministério das Finanças e, por intermédio das Agências das Nações Unidas, adquiriu medicamentos e produtos médicos para os programas da Malária, Tuberculose, VIH/SIDA, Doenças Negligenciadas, vacinas, Hipertensão e Diabetes.
Com este método, no concurso público desde 2018, foi possível poupar cerca de 66 por cento de fundos atribuídos para a aquisição de medicamentos e outros insumos.
Os fundos remanescentes foram reencaminhados no concurso de 2019, com uma poupança de 78 por cento que serviu para a aquisição de produtos.
Actualmente está em curso novas aquisições de medicamentos, suplementos nutricionais, materiais de biossegurança e equipamentos para reforço do Serviço Nacional de Saúde, tendo sido adjudicados 15 lotes de medicamentos essenciais com maior enfoque nas necessidades nacionais dos cuidados primários de saúde.