Luanda - Cinquenta kits cirúrgicos de reparação da fístula obstétrica foram doados hoje, sexta-feira, em Luanda, na Maternidade Lucrécia Paím, numa iniciativa do Ministério da Família e Promoção da Mulher (Masfamu).
A entrega do equipamento, como pinças, tesouras, espéculos, afastadores e material descartável, vai servir para intervenção cirúrgica de 50 mulheres acometidas com essa patologia que é uma das lesões de parto mais graves e trágicas.
A fístula obstétrica é um buraco entre o canal de parto e bexiga ou recto causado por partos prolongados e com obstrução, sem acesso a tratamento médico oportuno e de alta qualidade.
De Janeiro a Abril desde ano, a Maternidade Lucrécia Paím operou 155 casos, enquanto que, a OMS estima que em Angola oito mil mulheres com fístulas obstétricas encontram-se à espera por uma cirurgia.
De acordo com a chefe de departamento Igualdade e Equidade do Género, Joana Cortez, que procedeu à entrega do material, o gesto visa contribuir na disseminação que condiciona o desenvolvimento da mulher através da reconstituição da fístula.
A responsável disse que os kits vão auxiliar que muitas mulheres tenham a sua vida normal de volta e a conquistarem a sua dignidade, se realizando profissionalmente, tendo em conta que muitas perdem oportunidades devido a patologia, sendo ainda discriminadas e abandonadas pelos maridos e familiares.
Prometeu continuar a trabalhar na advocacia, de formas a continuar angariar meios para o bem estar das mulheres nesta situação.
Já para a directora do hospital, referiu que a fístula é uma doença que surge devido aos partos prolongados, bem como em mulheres que apresentam estreitamento da bacia e como não há assistência imediata fica uma comunicação entre a bexiga e o recto.
Avançou que segundo a OMS, estima-se que em Angola existam oito mil mulheres com fístulas obstétricas à espera de cirurgia e que nesta conformidade, o hospital trabalha na busca para localizar estas mulheres para que saibam da boa nova.
Para a directora do hospital, Manuela Mendes a fístula é uma doença que surge devido aos partos prolongados, bem como em mulheres que apresentam estreitamento da bacia e como não há assistência imediata fica uma comunicação entre a bexiga e o recto.
As mulheres ficam desconfortáveis porque ao urinar exalam um cheiro forte e se isolam, algumas são afastadas pelos parceiros e têm vergonha de dizer que estão doentes para serem tratadas.
Fez saber que a maternidade possui um bloco operatório específico para operações de fístulas e realizam duas operações por dia.