Icolo e Bengo – Pelo menos 120 parteiras tradicionais no bairro de Camizungo, município de Icolo e Bengo, terminaram hoje, quarta-feira, uma formação para melhoria das técnicas de trabalho, uma promoção do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU).
A formação que teve a duração de sete dias, abordou temas como, "saúde reprodutiva", "gravidez e aleitamento materno".
Entre os formandos constaram também agentes comunitários, capacitados em matérias ligadas a "competência familiar", "consultas pré-natal" e "a importância da imunização".
No acto de encerramento, a chefe do Departamento para Políticas Familiares do MASFAMU, Tânia Dinis, disse que a formação foi produtiva, e enalteceu a entrega das parteiras tradicionais e dos agentes comunitários.
“Estamos confiantes que agora, o trabalho das parteiras tradicionais terá maior eficiência, pois muitas delas nunca tiveram uma formação sobre o assunto”, referiu a responsável.
Quanto aos agentes comunitários, Tânia Dinis sublinhou que foram formados com o objectivo de replicarem a informação e assim promoverem a mudança de consciência dos habitantes de Camizungo.
As parteiras tradicionais foram agraciadas com kits de trabalho.
De recordar que a capacitação dos habitantes de Camizungo resulta de uma orientação deixada pela vice-presidente da República, Esperança Costa, após uma visita que efectuou a esta localidade há 20 de Janeiro do corrente ano.
Camizungo há 11 quilómetros de Catete, sede de Icolo e Bengo e habitado na sua maioria por camponeses nativos de Catete e oriundos das províncias dos cuanzas Norte e Sul e Malanje.
Os camponeses, cansados do vai e vem (lavra/casa em Catete), decidiram fixarem-se nas lavras, dando o surgimento do bairro construído com chapas, contando hoje com mais de 800 habitantes, que cultivam sobretudo milho e mandioca. CLAU/AJQ