Luanda – Os pacientes dos grupos sanguíneos negativos são os que maiores dificuldades representam para os serviços de hemoterapia, em função da existência de poucos doadores, informou, esta quarta-feira, a directora geral do Instituto Nacional de Sangue (INS), Deodete Machado.
Em entrevista à ANGOP, por ocasião do Dia Mundial do Dador de Sangue, que hoje se assinala, disse que apenas 15 % da população é portadora do grupo sanguíneo Rh-O negativo.
Para a directora do INS, mesmo que apareçam dadores neste grupo é necessário que se respeite o tempo de doação, onde as mulheres têm uma margem de quatro meses e os homens de três.
“Quando chega a altura de se atender os doentes com este tipo de sangue é difícil se dar uma resposta imediata, por existir carência nesse grupo", frisou.
Número de dadores
Informou que no ano passado foram registados cerca de 170 mil dadores de sangue, entre familiares e voluntários.
No primeiro trimestre deste ano, houve o registo de 35 mil dadores de sangue, dos quais quatro mil são voluntários.
Segundo a responsável, Luanda tem uma necessidade diária de cerca de 300 unidades de colheita de sangue.
Stock de sangue no INS
Quanto ao stock de sangue, de acordo com a especialista de hemoterapia, actualmente o instituto tem uma reserva suficiente para atender a demanda e todos os dias são colhidas bolsas de sangue para dar resposta imediata.
Garantiu que um dos exercícios da INS é fazer com que não falte sangue para atender os necessitados e a sua realidade mostra que as colheitas feitas são utilizadas de imediato.
“ A nossa dinâmica é fazer com que o Stock tenha um movimento contínuo e que os parentes e os doadores voluntários doem sempre sangue, garantindo que esses serviços não parem”, adiantou.
Detalhou que Luanda tem cerca de 24 serviços que transfundem e todos têm dado uma resposta pontual às necessidades.
Nova técnica de colheita de sangue
Deodete Machado informou que o Instituto Nacional de Sangue recebeu, recentemente, um aparelho denominado “Afarese ”, para implementação de uma nova técnica.
Nesta técnica, ao invés do doador doar uma unidade de sangue total, doa um componente específico, com concentrado eritrócito, plasma fresco congelado ou as plaquetas .
E para a sua plena execução, deu a conhecer que está a ser feita uma formação de orientação aos profissionais para o manuseamento da referida máquina para, a partir de Setembro, começar o seu funcionamento. EVC/ART