Luanda- Um projecto sobre a "Avaliação de Prontidão do Pacote de Serviços Inicial Mínimos sobre Saúde Sexual (MISP)" foi lançado, esta terça-feira, em Luanda, pelo Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) de modo a fortalecer as intervenções e assegurar as situações humanitárias e emergentes na região da África Oriental e Austral, incluindo Angola.
O projecto, que alberga 23 países da região, foi criado pelo escritório regional da referida organização com o apoio do 2GETER4SHR (Programa Regional de Apoio a Saúde Reprodutiva).
A iniciativa está alinhada com o novo plano estratégico do FNUAP para expandir o seu trabalho em todo o espectro da acção humanitária e será lançado em vários paises da região até Junho do presente ano.
De acordo com o representante do FNUAP, Mady Biaye, que falava no workshop sobre "Implementação do exercício de Avaliação de Prontidão do MISP em contexto humanitários e de emergências jornalistas", promovido pela organização, o propjecto, que começou a ser implementado em Fevereiro deste ano, visa fornecer, igualmente, informações para desenvolver e implementar uma resposta adequada às necessidades de SSR em situações de emergências.
Segundo o representante do FNUAP, Mady Biaye, Angola, na qualidade de actor na resposta humanitária na área de saúde sexual e reprodutiva, está comprometida em realizar este exercício conjunto com a Comissão Nacional de Protecção Civil, como forma de consolidar os problemas emergentes.
O processo, explicou, é baseado num questionário que analisa a prontidão em relação as políticas, coordenação, dados, recursos e prestação de serviços em todos os objectivos do MISP no nível nacional.
“A pandemia da COVID-19 e o aumento dramático de desastres, causados pelo clima, demonstram que todos os países são vulneráveis a algum tipo de crise e muitas vezes a crises simultâneas”, sublinhou.
O representante da UNFPA considerou que o impacto de desastres naturais, mudanças climáticas, conflitos e surtos de doenças infecciosas na saúde e bem-estar social, depende de quão bem os países e as comunidades se preparam para responder e se recuperarem de emergências.
“Este é um cenário que se vem tornando cíclico em Angola, com os períodos de seca e inundações nas províncias do Sul do país, bem como a migração de população a que estes desastres naturais obrigam”, disse.
Salientou que é reconhecido internacionalmente que as situações de emergência agravam a vulnerabilidade de mulheres e meninas, bem como reduzem o seu acesso aos cuidados de Serviços Sexual Reprodutiva(SSR).
Para mitigar esses riscos, disse, ser essencial o acesso aos cuidados de saúde de qualidade em situações de emergência, onde o governo deve criar planos claros, pessoal treinado e responsabilidade atribuídas sobre como manter a disponibilidade de cuidados para as pessoas em maior risco.