Luanda - O Sindicato dos Enfermeiros de Angola (SINDEA) iniciou, esta segunda-feira, uma greve geral, por tempo indeterminado, como forma de levar o Governo a responder às suas reivindicações.
No caderno reivindicativo apresentado em 2021, ao Ministério da Saúde (MINSA), a classe exige, entre outros, aumento salarial e melhorias de condições laborais, o pagamento de um subsídio pela Covid-19, bem como a conclusão do processo de transição suspenso desde 2019.
O sindicato, em nota de imprensa, avança que os bancos de urgência, salas de parto, blocos operatórios, cuidados intensivos, hemodiálise e internamentos terão os serviços mínimos salvaguardados, mas os de consultas externas e os ambulatórios serão encerrados em todo o país.
A propósito da greve, o director do Gabinete dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde (MINSA), Baptista Monteiro, anunciou, em entrevista à imprensa, estar agendado para terça-feira, 8, um encontro de trabalho com a direcção do sindicato, para um primeiro contacto, a fim de se encontrar os mecanismos para o término da greve.
Baptista Monteiro disse, ainda, que, em relação ao pagamento dos subsídios da Covid-19, cerca de oito mil profissionais já receberam o valor, sem o quantificar.
“Para os demais, aguarda-se, da parte do sindicato, os comprovativos da prestação de serviço dos profissionais nos centros criados”, esclareceu.
Adiantou que o MINSA está aberto a discutir, de forma transparente, mas, dentro dos marcos da Lei.
Sem detalhar quais, Baptista Monteiro disse que dos 15 pontos do caderno reivindicativo alguns deverão ser clarificados.
Angola conta com mais de 60 mil profissionais de enfermagem, 32 mil 720 dos quais estão filiados no sindicato.