Luena – Os doentes de insuficiência renal do Centro de Hemodiálise do Hospital Geral do Moxico queixam-se da falta de transportes para apoiá-los nas sessões de tratamento feitas três vezes por semana, soube a ANGOP.
Inaugurada em 2019, a unidade sanitária controla, actualmente, 22 doentes activos, provenientes das províncias do Moxico, Lunda Sul, Lunda Norte e Huíla, com idades entre 13 e 65 anos.
Jesus Paulino, 21 anos, padecendo de insuficiência renal há três anos, é uma dos pacientes assistidos naquela unidade sanitária que enfrenta “calvário” na deslocação para o Hospital Geral do Moxico com o intuito de realizar as sessões semanais de diálises.
Segundo o interlocutor, percorre longa distância, a maioria das vezes a pé, para chegar ao Centro de Hemodiálise, sendo que em muitas ocasiões chega atrasado, situação agravada pelas constantes chuvas que se registam nesta região do país.
Ideia corroborada pela paciente Manuela Muconda, 33 anos, que, apesar das dificuldades, destacou a evolução que está a registar face ao tratamento de que está a beneficiar, permitindo-lhe “levar uma vida normal”, apesar dos cuidados redobrados da doença, principalmente com a alimentação.
Entretanto, a responsável dos Serviços de Hemodiálise, Amélia Fernandes, confirmou que o centro necessita de uma viatura para transpostar oportunamente os doentes, antes e depois da realização das sessões de homodiálise, principalmente aqueles que enfrentam “extremas” dificuldades financeiras.
De acordo com a responsável, para se mitigar o problema, o centro tem contado com o apoio da ambulância da área clínica do Hospital Geral do Moxico.
“Temos sido apoiados com a ambulância do Hospital Geral do Moxico, mas em muitos momentos ela atrasa, porque atende as outras áreas, provocando transtornos aos doentes renais que precisam de uma atenção especial”, disse.
Acrescentou que, em termos de recursos humanos, a unidade conta com 16 enfermeiros e dois médicos especializados em nefrologia que fazem o acompanhamento aos utentes com insuficiência renal.
A unidade que alberga sete camas para atender, em três turnos, 21 pacientes com insuficiência renal, em 2022 assistiu 40 pacientes entre homens e mulheres.