Luanda – A coordenadora do Programa de Vacinação, Felismina Neto, apelou hoje, terça-feira, em Luanda, a população já vacinada contra a Covid-19 a conservar os cartões, enquanto documento que atesta a veracidade da sua imunização.
Falando à ANGOP sobre o processo de vacinação no Complexo Paz Flor, a responsável reiterou que o cartão é um documento importante como o bilhete de identidade, passaporte, carta de condução ou cartão eleitoral.
Informou que no local não são emitidos cartões baseado na conversa verbal, têm que ir ao sistema para confirmar que fez as vacinas, pelo que aconselha a fotografar o documento para facilitar a sua reemissão.
Felismina Neto informou que os cidadãos mesmo sem bilhete de identidade podem ser vacinados, pois o vírus não olha a documento, devendo para isso dirigir-se a um cyber ou aos locais de vacinação e fazer o registo (nome e data de nascimento).
Feito isso, o responsável fará o cadastramento onde passará pela triagem, vacinação, registo, observação e palestra, só depois a vacina é validada, facto que permitirá a emissão do certificado.
No Paz Flor começam o processo de vacinação às 6h10 e vão até às 20h, num trabalho assegurado por cerca de 250 técnicos que vacinam diariamente uma média de 10 mil pessoas.
No local estão a ser administradas as vacinas da Phizer (segunda dose) e as primeiras doses para gestantes, a Sputnik (primeira dose), Astrazeneca (segunda dose) e Sinopharm (as duas doses).
Sobre a dificuldade de alguns cidadãos para emissão do certificado, esclareceu que no início do processo os cadastros eram feitos no Paz Flor, acreditando que durante a digitalização dos dados algum profissional tivesse errado no bilhete ou no número de telefone, facto que dificulta a impressão do certificado.
Esclareceu que no local não são impressos certificados, apenas feitas correcções das informações para facilitar a impressão do documento.
“Todos os dias corrigirmos em média mais de 500 informações que facilitam a emissão dos certificados, num processo que demora dois minutos”, frisou.
A responsável reiterou o apelou as pessoas quanto ao assunto que é o bem maior (a vida), e a Covid-19 é um facto e só com a vacina se poderá estar livre desse mal que assola o mundo.
Felismina Neto desencoraja actos ilícitos como a compra do cartão porque dentro de mais algum tempo o cartão de vacina contra a Covid perderá validade, e só será exigido o certificado digital da vacina, daí a importância de ser obedecer todas as etapas
“A vacina tem como objectivo proteger-nos contra os agentes externos, por isso vacinemo-nos”, finalizou.
Localizado no bairro Morro Bento, o complexo tornou-se, desde o dia 10 de Março, num dos locais de imunização contra o novo coronavírus, em Luanda.
O Paz Flor é um dos postos de vacinação de alto rendimento espalhados pelas 18 províncias de Angola que reúnem os principais serviços de vacinação da Covid-19 sob o mesmo tecto.
O processo de vacinação gizado pelo Executivo abrange, numa primeira fase, 20 por cento da população angolana, totalizando 6.419.534 de pessoas com exposição contínua, como os profissionais de saúde, de serviços sociais e da ordem e segurança pública, pessoas com cormorbilidades de risco e de idade igual ou superior a 40 anos.
No total, estão previstos serem vacinados 52 por cento da população, um total de 16.823.284 de cidadãos maiores de 16 anos.
Para o efeito, o Governo angolano está a trabalhar com a iniciativa Covax, formada pela Aliança Global para Vacinas e Imunização, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Coligação de Inovações na Preparação para as Epidemias (CEPI), a fim de garantir que o país tenha acesso às vacinas.
O país obteve, igualmente, o apoio das agências das Nações Unidas, avaliado em 6.2 milhões de dólares em reagentes e material de biossegurança.
No quadro do combate e prevenção contra a Covid-19, o governo angolano desembolsou trinta e dois mil milhões de kwanzas.