Luanda -A média diária de pessoas vacinadas em Angola saiu de 30 mil para 69 mil desde a entrada em vigor das novas medidas impostas pelo Executivo, informou, este sábado, em Luanda, a coordenadora do Programa Nacional de Vacinação, Consualda de Sousa.
Entre as exigências, no quadro das acções de combate e prevenção contra a Covid-19, consta a apresentação obrigatória do certificado de vacina aos viajantes internacionais e aos concorrentes em concursos públicos, bem como a apresentação do cartão de vacina para quem se desloca internamente.
Consta ainda a obrigatoriedade da vacinação para todos os funcionários públicos, privados e dos órgãos de defesa e segurança.
As medidas visam reforçar as acções de prevenção e combate à pandemia, preservando a saúde dos utentes dos serviços públicos de privados.
Em entrevista à ANGOP, a responsável explicou que são apenas dados provisórios sobre o aumento do número de pessoas vacinadas.
Aventa a hipóteses de o número de vacinados por dia no país ultrapassar as 70 mil pessoas.
O que se pretende, de acordo com a responsável, é, num curto espaço de tempo, vacinar elevado número de pessoas para estarem protegidas desta doença mortal e baixar a incidência da Covid-19 no país.
Consualda de Sousa considerou vantagioso as novas medidas, porque estão a ajudar a imunizar rapidamente os cidadãos.
Para Consualda de Sousa, a implementação do certificado digital de vacinação é uma medida muito bem-vinda, por ajudar a controlar melhor a população e saber se de facto as pessoas estão mesmo a tomar a vacina.
"Com este certificado, penso que as pessoas facilmente poderão movimentar-se dentro e fora do país", frisou.
Em relação as reações adversas, Consualda de Sousa disse ser normal porque o organismo recebe um corpo estranho.
“Claro que retrai, é algo estranho que recebemos no nosso corpo, mas há pessoas que recebem bem sem apresentar nenhuma reação a vacina e em outras dá febres e depois passa”, asseverou.
Consualda de Sousa explicou ainda a proibição do não uso de bebidas alcoólicas por um curto período de tempo depois da toma da vacina.
“A vacina é como se fosse um medicamento e a prescrição é que não se pode fazer uso de álcool enquanto estiver a fazer medicação”, disse.
A responsável apelou os cidadãos a aderirem a vacina, por ser a única forma para cortar a cadeia de circulação do vírus da Covid-19.
"Quem ainda não foi vacinado, devem faze-lo para não criarem problemas aos seus familiares e colegas no local de serviço", reforçou.
Conforme a responsável, o país conta com vacinas contra a Covid-19 específicas para as mulheres grávidas, nomeadamente a a Pfizer e Astrazeneca.
Explicou que a orientação médica é que as mulheres grávidas devem ser administradas no segundo trimestre de gestação.
Angola está a administra ainda as vacinas da johson&johnson e da sinopharm.