Luanda - A visita oficial de três dias a Angola do Presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, para o reforço da cooperação, a convite do seu homólogo angolano, João Lourenço, marcou o noticiário político dos últimos sete dias.
Em Luanda, Andry Rajoelina manteve um encontro privado com o Chefe de Estado, João Lourenço, discursou no fim das conversações oficiais, presenciou a assinatura de sete instrumentos jurídicos de cooperação, e participou numa Sessão Plenária Extraordinária, em sua honra, na Assembleia Nacional (AN), bem como manteve um encontro com a presidente da "Casa das Leis", Carolina Cerqueira.
O visitante deslocou-se à Praça da República, onde, depois de uma visita guiada, assinou o Livro de Honra, em homenagem ao primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, assim como constatou o potencial da Refinaria de Luanda.
Fez igualmente manchete a deslocação do Presidente João Lourenço, para uma visita de trabalho de três dias, à província do Cunene, onde inaugurou, em Ondjiva, o Hospital Geral local “General Simione Mucune”, com capacidade para 220 internamentos.
O estadista que termina a sua missão no domingo, apontou a construção de quatro projectos estruturantes na província no âmbito do combate à seca, sendo que um deles, o Canal do Cafu, já está a servir a população, e um outro, a barragem do Ndue, será concluído ainda este ano.
Audiências
Há ainda a assinalar as audiências concedidas pelo Presidente da República, nomeadamente ao responsável máximo do Conselho de Administração do African Export-Import Bank (Afreximbank), Benedict Oramah, que anunciou a entrega de 2.3 mil milhões de dólares ao Governo angolano para implementação de vários projectos de impacto social.
O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero Cruz, foi igualmente recebido no Palácio da Cidade Alta para abordar o estado das relações de cooperação nos domínios político, económico, diplomático e comercial, entre Angola e Cuba.
O Presidente da República, João Lourenço, recebeu ainda informações sobre a abertura do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Angola, que vai atender questões dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Vice-Presidente da República
A ANGOP deu ênfase, a presença da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, na tomada de posse do Chefe de Estado reeleito da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, para um novo mandato de cinco anos.
Em Nouakchott, Esperança da Costa reuniu-se com a comunidade angolana naquele país africano, e manteve vários encontros com dignitários presentes, nomeadamente como os Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, Gâmbia, Adama Barrowe, e do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, com os quais conversou sobre o estado da cooperação.
De igual modo, abordou com o vice-primeiro-ministro da Argélia assuntos relacionados com as relações políticas e o fortalecimento da cooperação, com o representante das Nações Unidas para a África Ocidental, Leonardo Simão, bem como foi recebida pelo Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani.
AN
Referir ainda que a presidente da Assembleia Nacional (AN), Carolina Cerqueira, destacou o papel da mulher em África como promotora da paz e na resolução de conflitos, agente de diálogo e de reconciliação, quando falava numa actividade da Administração Municipal de Luanda, no âmbito da celebração do Dia da Mulher Africana, assinalado domingo último.
Carolina Cerqueira centrou a sua intervenção no papel da mulher a nível da política, na actividade social, na promoção da cidadania e como alicerce do sector informal e no empreendedorismo, ressaltando que as mulheres têm enfrentado, com resiliência, às crises alimentar, energética, de valores e política causada por conflitos armados.
RDC
Realce também para o anúncio, em Luanda, da entrada em vigor do cessar-fogo, a partir de 04 de Agosto (domingo), no leste da República Democrática do Congo (RDC), depois da segunda reunião ministerial tripartida (Angola, Rwanda e RDC) sobre a situação de paz e segurança na região.
Por consequência, a ANGOP destacou as reações da comunidade internacional sobre o assunto, com a ONU a considerar que o acordo vai criar expectativas e criar condições para diminuir as tensões entre as partes, bem como a França a saudar o acto e encorajar o respeito pelos compromissos.
De lembrar que para o efeito, o Chefe de Estado falou ao telefone com os seus homólogos da RDC, Félix Tshisekedi, e do Rwanda, Paul Kagame, sobre o documento acordado. VIC