São Vicente (Da enviada especial) – A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, deixou, esta quinta-feira, a cidade de Mindelo, ilha de São Vicente (Cabo Verde), depois de participar da abertura do 1º Congresso Internacional sobre “Ciência, Inovação e Desenvolvimento da Lusofonia”, a decorrer até ao dia 20 deste mês.
No aeroporto internacional “Cesária Évora”, a Vice-Presidente recebeu cumprimentos de despedida da embaixadora de Angola em Cabo Verde, Júlia de Assunção Cipriano Machado, do Presidente da Câmara de Mindelo, Augusto Neves, da secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, e da ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança.
Esperança da Costa, que participou do encontro em representação do Presidente de Angola, João Lourenço, destacou, na sua intervenção, que a transição energética, a transformação digital e ambiental sem colocar em causa os justos equilíbrios devem estar no centro das prioridades dos países dos Estados-membros da CPLP.
Esperança da Costa disse que os países e as suas organizações ou empresas devem estar entrelaçadas à transição digital, marcado pela "Revolução 4.0, o Big Data, o 5G, a Inteligência Artificial e os algoritmos".
Segundo Esperança da Costa, todas estas tecnologias e ferramentas são uma janela de oportunidades para os países da região, para o plano da procura, pela expansão dos mercados e pela criação de postos de trabalho.
Em relação ao ensino superior, Esperança da Costa destacou os avanços neste subsistema de ensino, afirmando que Angola propõe-se em dar ainda mais passos.
Para o efeito, sublinhou, o Presidente da República, João Lourenço, autorizou, recentemente, um fundo estabelecido com o Banco Mundial e com a Parceria Global para a Educação, com vista a aumentar o acesso ao ensino superior, garantir a qualidade e fortalecer a gestão no sector, tendo como foco novos cursos de pós-graduação, harmonização curricular e a equidade do género.
Conforme Esperança da Costa, o Executivo criou também a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDECIT) encarregue de implementar as políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação e proceder à avaliação e acreditação das Instituições de Investigação Científica e Desenvolvimento.
À margem do evento, Esperança da Costa manteve um encontro com o Presidente de Cabo Verde, José Maria das Neves, com quem abordou aspectos relacionados com a cooperação entre os dois países nos vários domínios.
Esperança da Costa disse à imprensa que serviu para apresentar cumprimentos, lembrando que os dois países têm laços históricos, culturais, políticos e agora entram para o domínio académico de grande relevância.
Esperança da Costa frisou ter aproveitado a oportunidade para agradecer o convite e manifestar o engajamento e a vontade de Angola aumentar a colaboração e cooperação bilateral para outros domínios, como da ciência, da tecnologia e da inovação, de formas a se fazer face aos novos desafios da actualidade.
O Congresso, entre conferências e mesas redondas, vai abordar “Os Caminhos para uma investigação científica de qualidade na Lusofonia, promovendo o diálogo entre as universidades, o poder político e as empresas”, bem como a “Ciência, tecnologia e inovação nos países lusófonos: desafios e oportunidades no século XXI”.
O evento é destinado a investigadores, académicos, decisores, estudantes universitários e pós-graduados de todos os países lusófonos, que actuam nos seus países ou na diáspora.
Angola, do total de 150 investigadores ao evento, tem uma participação activa de 46 prelectores das mais diversas áreas da ciência e inovação, dos quais dez apresentam as prelecções no formato presencial. PA/VM