Mbanza Kongo – Os líderes religiosos e da sociedade civil organizada no município de Mbanza Kongo, província do Zaire, apelaram, esta sexta-feira, ao respeito da "vontade do povo expressa nas urnas", no dia 24 deste mês.
O apelo surge na sequência da divulgação dos últimos resultados eleitorais provisórios pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que atribuem vantagem ao partido MPLA, com 51,07% dos votos.
Os interlocutores da ANGOP realçaram a necessidade de os actores políticos concorrentes nestas quintas eleições colocarem os interesses do país e dos angolanos acima dos seus, para a preservação da paz, unidade nacional e consolidação do Estado democrático de direito.
Para o representante local das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), reverendo Mayezamene Garcia, "o momento é delicado e cabe aos líderes dos partidos políticos a agir com serenidade e sabedoria, respeitando a vontade popular".
Pediu paciência, calma e serenidade aos intervenientes do jogo democrático, aconselhando aos que "menos sucessos tiveram a trabalhar com afinco" para que tenham resultados auspiciosos nas próximas contendas políticas.
Por sua vez, o pastor da igreja Sangue Precioso, reverendo Isaías Ngombo, defendeu a aceitação dos resultados que estão a ser divulgados pela CNE, e referiu que “quem venceu que mostre dignidade e quem perdeu que seja respeitado, porquanto não há vencedores e nem vencidos".
Outra entidade que pediu aos líderes políticos a agirem em conformidade com a vontade popular expressa nas urnas, no dia 24 de Agosto, é o secretário executivo do Conselho Provincial da Juventude (CPJ), Aguinelo Mukolo Alberto.
O responsável aconselhou calma e serenidade aos principais actores do processo eleitoral e sublinhou que quanto mais tranquilos e serenos encararem os resultados, melhor para a imagem do país a nível internacional.
Dados provisórios divulgados pela CNE atribuem ao MPLA 51,07% dos votos, elegendo 124 deputados, à UNITA 44,05% (90 deputados), seguindo-se o PRS, a FNLA e PHA com dois parlamentares cada.
A CASA-CE com 0,75% (46.750) não conseguiu qualquer deputado, tal como a APN com 0,48% (29,740) e o P-NJANGO com 0,42% dos votos (26.268).
As eleições visaram a escolha do Presidente da República, do Vice-Presidente da República e dos 220 deputados à Assembleia Nacional.