Luanda - O Vice-presidente da República, Bornito de Sousa, testemunhou este sábado, em representação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, a investidura do Presidente eleito de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, que decorreu na sede do Parlamento.
"Devo dizer que acabamos de assistir à cerimónia de tomada de posse do Presidente eleito de São Tomé e Principe", afirmou o Vice-Presidente à imprensa, no final do acto de investidura.
Deveremos ainda hoje, prosseguiu Bornito de Sousa, ter a oportunidade de um novo encontro em que vamos ser portador de uma mensagem do Presidente João Lourenço ao seu homólogo de São Tomé e Principe.
Investidura de Carlos Vila Nova
O novo Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, iniciou, este sábado, o seu mandato de cinco anos, prometendo "cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis, defender a independência nacional, promover o progresso económico, social e cultural do povo santomense".
A cerimónia de posse teve lugar na sede da Assembleia Nacional, com a presença, entre outras individualidades, dos Chefes de Estado da Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
A Nigéria fez-se representar pelo Vice-presidente, Yemi Osinbajo, a Guiné Equatorial pelo presidente da Câmara dos Deputados, Gaudêncio Mesu, o Gabão pelo presidente da Assembleia Nacional, Faustin Boukoubi, e Cabo Verde pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares.
No seu primeiro pronunciamento como Presidente de todos os santomenses, Carlos Vila Nova pediu união para evitar "os desperdícios da divisão".
De 65 anos, o sucessor de Evaristo Carvalho quer que o arquipélago "abra-se ao mundo", com mudanças drásticas na cooperação internacional.
No seu discurso, o Estadista afirmou que o "povo fez a sua escolha", e destacou a "pacífica" alternância democrática no país.
"Jamais uma eleição presidencial foi tão disputada no nosso país e com um desfecho tão incerto. O mundo olhou para o nosso país com apreensão. Ninguém tem dúvidas nessas circunstâncias que todo o mérito é do povo", sublinhou.
"Tenho a justa medida das expectativas do nosso povo e das suas justas ambições, pelo que será com toda a determinação que exercerei o cargo de Presidente da República e com o mandato supremo das Forças Armadas", afirmou.
Carlos Vila Nova foi eleito com o apoio do partido Acção Democrática Independente (ADI), na segunda volta das eleições presidenciais realizadas em 5 de Setembro, com 57,54 por cento dos votos.
Na corrida superou Guilherme Posser da Costa, apoiado por MLSTP-PSD/PCD/MDFM/UDD, que teve 42,46 por cento dos votos.
Engenheiro de telecomunicações, Carlos Vila Nova é o quinto Presidente de São Tomé e Príncipe, cargo anteriormente ocupado por Manuel Pinto da Costa, Miguel Trovoada, Fradique de Menezes e Evaristo Carvalho.