Saurimo – O governador da Lunda Sul, Daniel Neto, considerou fundamental, nesta quinta-feira, que a batalha do Cuito Cuanavale seja enaltecida e referenciada, para que as futuras gerações de angolanos conheçam o feito que deu a liberdade à África Austral.
A batalha decorreu, entre 1987 a 1988, no Cuito Cuanavale, envolvendo militares das extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), apoiadas pelo regime sul-africano do Apartheid, e das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).
Ao falar à imprensa por ocasião do 23 de Março, Dia da Libertação da África Austral, que hoje se assinala, o dirigente realçou que a data não pode passar de forma despercebida, para quem deve-se honrar os envolvidos na batalha que visou travar a invasão sul-africana no território angolano.
O responsável reconheceu que muito ainda há por se fazer em prol dos veteranos da Pátria, salientando que o Governo tem estado a trabalhar nessa direcção.
Por sua vez, o ex-combatente da batalha do Cuito Cuanavale, José Yambo, de 67 anos de idade, lamenta o facto de muitos angolanos não saberem o que foi a batalha de 23 de Março de 1987, por está razão, disse estar a escrever desde 2020 um livro que retrata todos acontecimentos da contenda.
Afirmou que os acontecimentos de 23 de Março devem ser incluídos no currículo escolar do ensino geral, para que as pessoas dominem a história desta célebre conquista.
Informou que na sua obra começou primeiramente a narrar a “ ofensiva zebra” de 03 de Agosto de 1987, que é a essência de onde começou a batalha do Cuito Cuanavale.
Celebra-se hoje em toda a região da SADC o Dia da Libertação da África Austral, data dedicada à Batalha do Cuito Cuanavale, ocorrida neste município da província angolana do Cuando Cubango e que foi decisiva para a indência da Namíbia e o fim do regime do apartheid na África do Sul. MG/QB/AL