Washington - O ex-vice-Presidente dos EUA, Mike Pence, fechou a porta quarta-feira à possibilidade de depor perante o comité que está a investigar o atentado ao Capitólio, apesar de mostrar abertura em fazê-lo no passado.
Em entrevistas aos canais norte-americanos CBS e CNN para promover o seu novo livro, o ex-vice-Presidente de Donald Trump classificou a investigação conduzida pelo comité de partidária e garantiu que os congressistas "não têm o direito" de o levar a depor.
O facto de um ex-vice-Presidente testemunhar perante o comité criaria um "terrível precedente", notou.
As declarações de Mike Pence revelam uma mudança de posição em relação a Agosto, quando admitiu estar aberto a depor caso lhe fosse pedido.
Pence também descreveu o dia 06 de Janeiro de 2021, quando milhares de apoiantes de Donald Trump invadiram o Capitólio para tentar impedir a confirmação do vencedor das presidenciais e actual presidente, Joe Biden, como "o dia mais difícil" de sua vida na esfera pública.
O ataque criou uma mal-estar irreparável entre Pence e Trump, que passaram de aliados próximos na Casa Branca a inimigos, lançando ambos críticas públicas um ao outro.
O antigo vice-presidente é um dos possíveis aspirantes à candidatura presidencial republicana às eleições de 2024.
O ex-Presidente norte-americano Donald Trump anunciou na terça-feira a sua terceira recandidatura à Casa Branca e prometeu "trazer a América de volta".
Mas a candidatura do ex-presidente não reuniu consenso entre Republicanos e conservadores, que se dividem entre os que já decretaram o fim político do magnata e os que acreditam que vencerá a corrida à Casa Branca.
Entre as figuras Republicanas que não vêem futuro na recandidatura do ex-Presidente está o proeminente Jeb Bush Jr, que prontamente criticou o anúncio de Trump, enquanto este ainda discursava, classificando-o de "fraco".
O governador do estado de Maryland, o Republicano Larry Hogan, foi uma das primeiras figuras do partido a opor-se a uma recandidatura de Trump.
Tendo afirmado no domingo que o magnata já custou ao Partido Republicano as últimas três eleições e que já passou da hora de se reavaliar o que é importante para o partido.
Contudo, alguns nomes mais extremistas do Partido continuam firmemente do lado de Trump, como é o caso da congressista Marjorie Taylor Greene.
Os deputados Republicanos Troy Nehls e Andy Biggs também apoiaram o ex-Presidente, com Nehls a compartilhar um trecho do discurso de Trump dizendo: "O regresso da América começa agora".
Por outro lado, a liderança republicana optou por ignorar a formalização da recandidatura de Trump, insistindo que existem outras prioridades para o partido neste momento.