Luanda – A Turquia celebra, nesta terça-feira, 29, o 101º aniversário do fim oficial do Império Otomano, a um de Novembro de 1922, quando a Grande Assembleia Nacional aboliu o cargo de sultão, destituindo Mehmed VI.
Com a maior parte do seu território localizado na Ásia Ocidental e uma parte menor (a oeste do Mar de Mármara) na Europa Oriental, a República da Turquia é um país transcontinental que se estende pela península da Anatólia e pela Trácia Oriental na região dos Bálcãs.
Entre 1923 e 2018, o país foi uma democracia representativa parlamentar, fundado no sistema presidencialista, adoptado através de um referendo em 2017.
O novo regime político entrou em vigor com a eleição presidencial em 2018, dando ao presidente o controlo completo do executivo, incluindo o poder de emitir decretos, nomear o seu próprio gabinete, elaborar o orçamento, dissolver o parlamento, convocar eleições antecipadas e aparelhar a burocracia e os tribunais com nomeações políticas.
A partir dessa altura, o gabinete do primeiro-ministro foi abolido e os seus poderes (juntamente com os do gabinete) transferidos para o presidente, que é o chefe de Estado eleito directamente para um mandato de cinco anos. Recep Tayyip Erdoğan é o primeiro Presidente da Turquia eleito pelo voto directo.
A Constituição da Turquia rege o quadro legal do país. Estabelece os princípios principais do governo e de um estado centralizado unitário.
Os turcos começaram a migrar para a área que é actualmente a Turquia ("terra dos turcos") no século XI, cujo processo foi acelerado pela vitória do Império Seljúcida sobre o Império Bizantino, na Batalha de Manziquerta. Um dos seis estados independentes, cuja população é maioritariamente turca, a Turquia faz fronteira com oito países: a noroeste com a Bulgária, a oeste com a Grécia, a nordeste com a Geórgia, a Arménia e o enclave de Naquichevão do Azerbaijão, a leste com o Irão e a sudeste com o Iraque e a Síria.
O mar Mediterrâneo e o Chipre situam-se a sul, o mar Egeu a sudoeste-oeste e o mar Negro a norte. O mar de Mármara, o Bósforo e o Dardanelos (que juntos formam os Estreitos Turcos) demarcam a fronteira entre a Trácia e a Anatólia e separam a Europa da Ásia.
A localização da Turquia, entre a Europa e a Ásia, torna-o geoestrategicamente importante.
A religião predominante no país é o Islão, com pequenas minorias de cristãos e judeus. Tem como língua oficial o turco, falado pela esmagadora maioria da população.
A segunda língua mais usada é o curdo, falado pela maior minoria do país, que representam cerca de 18% da população.
As restantes minorias constituem entre sete e 12% da população. O país tem relações estreitas com o Ocidente, nomeadamente através da sua presença em organizações como o Conselho da Europa, OTAN, OCDE, OSCE e G20.
A Turquia iniciou as negociações de adesão plena à União Europeia em 2005, da qual é membro associado desde 1963 e com a qual tem um acordo de união aduaneira desde 1995.
O país também tem fomentado estreitas relações culturais, políticas, económicas e industriais com o Médio Oriente, com os estados turcos da Ásia Central, com os países africanos através da participação como as organizações para a Cooperação Islâmica e a de Cooperação Económica e com os países de língua portuguesa através da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na qual tem o estatuto de observador associado.
Devido a sua localização estratégica, a sua grande economia e as suas forças armadas, a Turquia é classificada como uma potência regional. CS/JM