Washington - O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, indicou na terça-feira que se vai declarar inocente da nova acusação que enfrenta no caso do assalto ao Capitólio.
Numa notificação judicial enviada ao Tribunal do Distrito de Columbia, o republicano indicou que fará uso do seu direito de não estar presente na leitura da acusação e autorizou os seus advogados a afirmarem, em seu nome, que se declara inocente, noticiou a agência EFE.
A próxima audiência entre o Ministério Público e a defesa está marcada para quinta-feira.
O procurador especial encarregado da investigação de Trump no caso do ataque ao Capitólio, Jack Smith, apresentou uma nova acusação em 27 de Agosto, reduzindo as alegações para ficarem em conformidade com a decisão do Supremo Tribunal sobre a imunidade dos actos de Trump como presidente.
O procurador especial que investiga Donald Trump pelas tentativas de anular o resultado eleitoral de 2020 apresentou terça-feira uma nova acusação contra o ex-presidente norte-americano, reduzindo as alegações para ficarem em conformidade com a decisão do Supremo Tribunal.
Smith manteve as quatro acusações anteriores contra o magnata nova-iorquino, como conspiração para obstruir um processo oficial, mas limitou algumas alegações sobre os seus planos de subversão eleitoral.
O caso tem a ver com tentativas de obstrução às eleições presidenciais de 2020, que originou a invasão do Capitólio em 06 de Janeiro de 2021.
Nesse dia, cerca de 10 mil pessoas, a maioria apoiantes de Trump, marcharam em direcção à sede do Congresso e cerca de 800 invadiram o edifício enquanto se certificava a vitória do democrata Joe Biden naquelas eleições.
Na invasão, houve cinco mortos e quase 140 polícias feridos.
Em 01 de Julho, a mais alta instância judicial nos Estados Unidos concedeu imunidade parcial ao agora ex-presidente. Por seis votos contra três, os dos juízes progressistas, concluíram que "um ex-presidente tem direito à imunidade absoluta de processos penais por acções no âmbito da sua autoridade constitucional", mas estabeleceram que "não há imunidade para actos não oficiais".
A nova acusação de Smith passou das 45 páginas originais para 36 e, de acordo com os 'media' norte-americanos, eliminou as alegações associadas aos esforços de Trump para conseguir que o Departamento de Justiça apoiasse a sua retórica de que tinha ocorrido fraude eleitoral, que nunca foi comprovada.
Na sua decisão de Julho, o Supremo Tribunal observou que Trump não pode enfrentar acusações relacionadas com as suas interacções com membros do Departamento de Justiça.
Considerando que a sua interacção com aquele gabinete fazia parte das responsabilidades do seu cargo. GAR