Rio de Janeiro - O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu prorrogar por 60 dias uma investigação aberta pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que apurou a divulgação de possíveis notícias falsas espalhadas pelo Presidente Jair Bolsonaro, sobre as vacinas.
"Considerando a necessidade de continuidade das investigações, nos termos solicitados pela Polícia Federal e previstos (...) na lei interna do Supremo Tribunal Federal, prorrogo a presente investigação por mais 60 dias", decidiu o juiz do STF Alexandre de Moraes em nota datada de 09 de Junho.
Durante vários meses, uma comissão parlamentar do Senado brasileiro ficou encarregada de investigar a gestão da pandemia de coronavírus realizada pelo Governo liderado por Jair Bolsonaro.
Nas suas conclusões, a comissão considerou que o Presidente brasileiro havia cometido uma dezena de crimes possíveis, incluindo a divulgação de notícias falsas sobre vacinas, como quando vinculou o seu uso à possibilidade de contrair sida (síndrome de imunodeficiência adquirida).
A CPI acusou Bolsonaro, entre outras coisas, de violar medidas de prevenção à saúde, usar fraudulentamente fundos públicos, incitar crimes, falsificar documentação, prevaricação, genocídio contra povos indígenas, crimes contra a humanidade e até charlatanismo por promover medicamentos e remédios fraudulentos contra o coronavírus.