Genebra - A relatora da ONU para os territórios palestinianos ocupados, a italiana Francesca Albanese, acusou hoje, em genebra (Suiça), o governo israelita de querer "erradicar os palestinianos" através de um "genocídio", citada pela AFP.
Ao falar em nome da ONU, a especialista do Conselho dos Direitos do Homem, afirmou que "o genocídio da população palestiniana parece ser o meio para atingir um fim: a completa expulsão ou erradicação dos palestinianos da terra à qual está ligada uma parte tão essencial da sua identidade e que é ilegal e abertamente cobiçada por Israel".
Questionada pela agência, a embaixada israelita na ONU em Genebra (Suíça) não comentou as acusações de Albanese, que considerou "o genocídio em Gaza a história de uma tragédia anunciada que ameaça alastrar-se a outros palestinianos sob autoridade israelita".
A responsável alegou que "a prossecução do objectivo da 'Grande Israel' ameaça eliminar a população palestiniana autóctone", argumentando que tanto declarações como acções dos líderes de Israel traduzem uma "intenção e um curso de acção genocidas".
“Esses líderes têm invocado a história bíblica de Amaleque para justificar o extermínio dos habitantes de Gaza (...) tornando assim os palestinianos como um todo alvos legítimos", defendeu a jurista italiana nas conclusões do seu relatório.
Francesca Albanese, relatora desde a primavera de 2022 e impedida de se deslocar aos territórios palestinianos ocupados por Israel, tem sido muito critica por responsáveis israelitas que a acusam de antissemitismo e de minimizar o atentado de Outubro de 2023.
A italiana nega, afirmando que criticar acções e políticas de Israel não torna as pessoas antissemitas. DSC/AM