Bali - A maioria dos membros do G20 condenou a guerra na Ucrânia e salientou as devastadoras consequências humanas e económicas globais do conflito, segundo a declaração conjunta divulgada, esta quarta-feira, no final da cimeira de Bali.
Na cimeira na ilha Indonésia, houve "outras posições" sobre a situação na Ucrânia, admitiram as 20 maiores economias do mundo na declaração, de acordo com a agência espanhola EFE.
Reconheceram também que o G20 não é o fórum mais apropriado para resolver questões de segurança e afirmaram que o tempo actual "não deve ser uma era de guerra".
O G20 também considerou que a "utilização ou ameaça de utilização de armas nucleares é inaceitável", segundo a agência francesa AFP.
Enquanto isso, líderes do G7 estão a organizar uma reunião de emergência, a realizar-se mesmo hoje, quarta-feira, na sequência da explosão do mísseis na Polónia.
O encontro vai decorrer em Bali, na Indonésia, onde está a realizar-se a cimeira do G20.
Os chefes de governo dos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido deverão discutir o incidente e as possíveis consequências.
De referir que todos os sete países mais industrializados do mundo são membros da OTAN, excepto o Japão.
De acordo com a Reuters, uma reunião entre Japão e Reino Unido marcada para o mesmo dia foi suspensa devido a este encontro de emergência.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawieki, já confirmou que o seu Governo está a ponderar invocar o Artigo 4.º da OTAN, segundo o qual os aliados "se consultarão quando, na opinião de qualquer um deles, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer das partes for ameaçada".
Por sua vez, o Presidente polaco, Andrzej Duda, explicou que o seu país ainda não tinha "provas inequívocas" sobre o autor do lançamento do míssil que matou duas pessoas no leste do país, assegurando que a investigação "está em andamento".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia tinha confirmado momentos antes que um "projéctil de fabrico russo" atingiu o território deste país da OTAN, causando a morte a duas pessoas.
"Às 15h40 (14h40 em Angola), na vila de Przewodów (...), um projéctil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia", salienta um comunicado de Lukasz Jasina, o porta-voz do ministério.