Paris - O Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou hoje a "intensificação dos ataques russos" na Ucrânia e a ofensiva em curso na região de Kharkiv durante uma conversa telefónica com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, segundo a Lusa.
Macron "condenou veementemente a intensificação dos ataques russos na Ucrânia, nomeadamente contra infra-estruturas energéticas, bem como a ofensiva em curso", declarou o Eliseu (presidência francesa) num comunicado.
A Rússia lançou na sexta-feira uma ofensiva surpresa contra a região de Kharkiv, cuja capital, com o mesmo nome e a segunda maior cidade da Ucrânia, está localizada perto da fronteira entre os dois países.
O exército russo afirmou hoje ter penetrado "profundamente nas defesas ucranianas" e ter capturado uma nova aldeia nesta região do nordeste do país.
Macron reiterou a Zelensky a determinação francesa em "fornecer todo o apoio necessário", a longo prazo e com todos os parceiros, "para derrotar a guerra de agressão da Rússia", disse o Eliseu, citado pela agência francesa AFP.
A presidência francesa acrescentou, sem adiantar mais pormenores, que serão enviados novos meios nas próximas semanas e dias "para apoiar o esforço militar ucraniano".
O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, prometeu hoje em Kiev, durante um encontro com Zelensky, que a ajuda dos Estados Unidos aprovada recentemente estava a caminho.
Num contexto de lutas internas entre republicanos e democratas, os Estados Unidos demoraram meses a desbloquear 61 mil milhões de dólares (56,3 mil milhões de euros, ao câmbio actual) de ajuda prometida por Washington.
A demora deixou o exército ucraniano sem armas suficientes para enfrentar uma nova ofensiva russa nos últimos meses.
Desde que foi invadida pela Rússia, em Fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, mas também tem criticado hesitações e atrasos no envio de armas.
Os aliados de Kiev também decretaram sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade da Rússia de financiar o esforço de guerra na Ucrânia. MOY/AM