Nova Iorque - O director do FBI, Christopher Wray, informou hoje os congressistas de que um computador do autor do atentado ao ex-presidente dos EUA Donald Trump incluía uma pesquisa pela distância a onde estava o atirador que matou John F. Kennedy.
A pesquisa no motor de busca Google encontrada no computador portátil do atirador é uma referência a Lee Harvey Oswald, o homem que matou o antigo presidente John F. Kennedy em Dallas, a 22 de Novembro de 1963, segundo o site noticias ao Minuto.
A pesquisa, aparentemente feita pelo atirador Thomas Matthew Crooks, foi feita a 6 de Julho, uma semana antes da tentativa de assassinato do candidato presidencial republicano Donald Trump, em Butler, na Pensilvânia, disse o director do FBI, numa audiência perante o Comité Judiciário da Câmara de Representantes do Congresso dos Estados Unidos.
Nesta audiência, o responsável informou ainda que a sua agência recuperou um 'drone' e um controlador do carro de Crook, de 20 anos, e está a analisá-lo.
O depoimento de Wray perante o Comité Judiciário da Câmara incluiu vários pormenores sobre o atentado de 13 de Julho.
Wray prometeu aos congressistas que o FBI "não deixará pedra sobre pedra" na investigação do atentado.
"Há algum tempo que digo que vivemos num ambiente de elevada ameaça e, tragicamente, a tentativa de assassinato no condado de Butler é outro exemplo particularmente hediondo e público do que tenho vindo a falar", explicou o director do FBI.
A audiência foi marcada muito antes do atentado de 13 de Julho, como parte da supervisão de rotina do comité sobre o FBI e sobre o Departamento de Justiça.
Apesar de ter sido nomeado por Trump, Wray enfrenta normalmente questões antagónicas por parte do painel de congressistas liderado pelos republicanos um reflexo do descontentamento persistente relativamente à investigação do FBI sobre potenciais laços entre a Rússia e a campanha republicana de 2016.
O FBI disse que está a investigar o atentado que também matou um participante no comício e feriu gravemente outros dois como um acto de terrorismo doméstico e uma tentativa de assassínio.
Na semana passada, Wray já tinha informado em privado os membros do Congresso de que Crooks tinha fotografias de Trump e do presidente democrata Joe Biden no seu telemóvel e que tinha consultado as datas da Convenção Nacional Democrata, bem como das aparições de campanha de Trump. DSC/AM