Kiev - Os ataques russos atingiram 80% das centrais termoeléctricas ucranianas e metade das centrais hidroeléctricas nas últimas semanas, declarou hoje o ministro da Energia ucraniano, e denunciou "o maior ataque" contra o sector energético do país.
O governante ucraniano, German Galushchenko, numa conferência de imprensa declarou que foram atacadas cerca de 80% das centrais termoeléctricas, mais de metade das centrais hidroeléctricas, “um grande número de estações de retransmissão de energia”.
A assessoria de imprensa do Ministério da Energia da Ucrânia disse à agência de notícias AFP que as centrais termoeléctricas sofreram danos devido a esses ataques, no entanto, não especificou o nível dos estragos causados.
"Este é o maior ataque contra o sector energético ucraniano", acrescentou o ministro, referindo que esses ataques ocorrem quase diariamente e que causaram, nomeadamente, longos cortes de energia em Kharkiv, a segunda cidade da Ucrânia.
Segundo Galushchenko, "a escala e o impacto" dessa nova onda de ataques "são muito maiores" em relação àquelas da campanha liderada por Moscovo no inverno passado, quando milhões de ucranianos foram privados de electricidade e aquecimento durante temperaturas gélidas.
O ministro ucraniano sublinhou que o exército russo modificou 'drones' e mísseis utilizados para estes bombardeamentos, tornando-os "ainda mais perigosos".
Antes da invasão russa na Ucrânia, lançada em Fevereiro de 2022, a produção de electricidade era relativamente equilibrada entre centrais termoeléctricas a carvão e a gás e as centrais nucleares, com uma percentagem mais baixa de energia hidroeléctrica.
A central nuclear ucraniana de Zaporíjia (sul), a maior da Europa e situada na região com o mesmo nome, está ocupada pela Rússia desde o início da guerra e já não produz electricidade. AM