Buenos Aires - O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, convidou hoje o seu homólogo chinês, Xi Jinping, para participar na Cimeira da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que se realizará em 24 de Janeiro em Buenos Aires.
A informação foi confirmada por fontes oficiais à agência de notícias EFE.
"Durante o ano do 2022, a Argentina realizou um plano de trabalho que incluiu 15 eixos temáticos e mais de 60 actividades, para atender as prioridades da nossa região e procurar respostas solidárias para desafios comuns", começa a carta enviada pelo chefe de Estado argentino, cuja entrega foi confirmada à EFE.
No ano passado, o país sul-americano ocupou a presidência rotativa da CELAC, que promove a integração de 33 países latino-americanos e caribenhos, e na qual se concentrou na recuperação económica pós-pandemia, na estratégia regional de saúde, na "agenda CELAC" contra a corrupção e segurança alimentar.
Além da integração da infra-estrutura latino-americano e caribenha, foram discutidas a cooperação ambiental e a melhoria da situação e condição da mulher nos países-membros.
"Como um dos seus principais objectivos, o nosso país promoveu a ampliação e fortalecimento dos vínculos da CELAC com sócios extrarregionais", continua o documento.
Na carta, o Presidente argentino expressou que a VII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, na qual o seu país concluirá a presidência temporária.
Será uma ocasião para "celebrar as conquistas obtidas" e "fornecerá uma nova oportunidade para discutir oportunidades e desafios apresentados pelo contexto internacional".
Fernández também havia enviado, através do embaixador da Argentina nos Estados Unidos, Jorge Argüello, um convite ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden.
O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou que vai estar presente no encontro e deverá solicitar a reintegração no bloco, depois de o país ter saído em 2020, durante o mandato de Jair Bolsonaro.
Em entrevista à EFE, o ministro dos Negócios Estrangeiros argentino, Santiago Cafiero, disse que o governo de Lula "comprometeu-se" com a Argentina em regressar à CELAC.
Nos últimos anos, os governos da Argentina e do México tentaram fortalecer a CELAC como compensação à Organização dos Estados Americanos (OEA), que tem sede na capital norte-americana, Washington.