Huambo - A falta de uma escolas para formação básica e superior de cinematografia está a dificultar a profissionalização desta actividade na província do Huambo, disse hoje, sábado, o realizador de cinema António Guimarães.
Em declarações à ANGOP, por ocasião da pré-estreia do filme de longa-metragem, intitulado “Nascido no Escuro”, de produção local, referiu que a falta de formação técnica básica e superior de todos os intervenientes na actividade cinematográfica, tem condicionado a produção de filmes com a qualidade desejada.
“Esta é uma grande necessidade para a província, uma vez que ainda existe pouco conhecimento técnico e científico relativamente a cinematografia”, salientou.
Segundo o realizar, a existência de uma instituição de ensino permitiria que os cineastas e actores tivessem outro foco e perspectiva de actuação, tendo em conta a qualidade desejada.
Disse que, em caso da implementação dessas infra-estruturas, a formação deverá ser diversificada em todos os domínios da actividade, de modo a revolucionar o sector, em termos de produção curta, média e longas-metragens.
Não obstante a falta de instituição de ensino, acrescentou que o sector apresenta ainda inúmeros desafios, desde os meios de produção, acesso aos locais e dificuldades financeiras.
Por esta razão, solicitou, para além do apoio institucional, maior incentivo do governo aos fazedores de arte.
O filme “Nascido no Escuro”, produzido em 2019, retrata, entre outros aspectos, a desestruturação familiar, as implicações da corrupção e da delinquência, com foco na promoção da estabilidade social.