Cuito - A governadora provincial do Bié, Celeste Adolfo, pretende ver um ensino superior mais fortalecido e modernizado, de forma a se potenciar o crescimento quantitativo com a excelência.
A governante falava no final da visita de trabalho que efectuou às duas instituições do ensino superior públicas situadas na província do Bié, nomeadamente o Instituto Superior Politécnica do Bié e Escola Superior Pedagógica do Bié.
Celeste Adolfo reconheceu a insuficiência de recursos humanos e laboratórios existentes nas instituições do ensino superior públicas, tendo admitido que o Executivo, dentro dos vários programas, tem feito tudo para inverter o quadro.
“O Estado tem o desafio de prover mais condições para mais estudantes estarem nas instituições públicas, sendo certo que é reconhecido que existe aqui um desequilíbrio considerável”, admitiu.
A governadora diz ser necessário melhorar a oferta formativa e o acesso ao Ensino Superior, para promover o reforço das competências e a diferenciação qualitativa do pessoal docente, dos investigadores científicos e do pessoal não docente.
Por outro lado, Celeste Adolfo revelou que o governo local tem trabalhado junto do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, no sentido de transformar a Escola Superior Pedagógica do Bié (ESPE) em instituto.
Em Setembro deste ano, a Escola Superior Pedagógica do Bié outorgou diplomas a 723 licenciados, sendo 228 da especialidade de educação primária, 131 de psicologia, 105 de geografia, 53 de matemática, 49 de educação física, 48 de química, 42 de biologia, 35 de infância e 32 de física.
Em 2023, a “ESP-Bié” introduziu novos cursos de licenciatura em ensino da língua portuguesa e outro de Pós-Graduação em superação didáctico pedagógico.
De 2021 a 2023, já formou dois mil 891 licenciados.
No presente ano académico estão matriculados dois mil 364 estudantes, sendo 536 recém-admitidos em nove cursos.
Tem mais de 148 funcionários, entre professores e trabalhadores administrativos.
Foi criada em 2009, a luz do decreto nº 7/09 de 12 de Maio, fruto do redimensionamento da Universidade Agostinho Neto, consubstanciada com a criação de novas regiões académicas no país.
Rege-se por estatuto próprio aprovado em Decreto Presidencial Nº 148/12, publicado em Diário da República aos 28 de Junho de 2012.
Já no Instituto Superior Politécnico do Bié (ISP-Bié) existem os cursos de psicologia clínica, comunicação social, engenharia informática, enfermagem, administração e gestão e engenharia de recursos hídricos.
Labutam nesta instituição mais de 70 professores.
A nível do Bié existem ainda outras três instituições do ensino superior privadas, nomeadamente a Universidade Internacional do Cuanza, o Instituto Superior Politécnico do Cuito e o Instituto Superior Politécnico Ndunduma. AS/PLB