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Estudantes e professores universitários retornam as salas de aulas

     Educação              
  • Luanda • Quinta, 07 Abril de 2022 | 13h05
Vista frontal da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto
Vista frontal da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto
Nelson Malamba

 Luanda - Professores e estudantes do ensino superior público, em Luanda, retomaram em massa às aulas após suspensão da greve, por um período de 30 dias, pelo Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES).

Numa ronda feita pela ANGOP em algumas instituições do ensino superior afectas à Universidade Agostinho Neto, constatou-se a presença de 80 por cento de professores e estudantes, dando seguimento ao segundo semestre, de acordo com o calendário académico.

Na Faculdade de Economia e na de Ciências os estudantes estão em provas de recurso e a efectuar as reconfirmações para o segundo semestre, já que nem todos os professores tinham aderido a greve.

Já na Faculdade de Humanidades, os docentes e estudantes voltaram, igualmente, em massa à actividade de ensino, segundo o vice-decano para a Área Científica, Petelo Nginamau Ne-Tava.

Para o estudante da Faculdade de Economia, Alberto Lucas, a suspensão da greve era necessária, pois os alunos estavam a ser prejudicados no processo académico.

O SINPES anunciou na terça-feira a suspensão da greve por um período de 30 dias para que possam ser resolvidas as divergências ainda patentes entre o sindicato e o Executivo.

De acordo com o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, esta decisão visa assegurar a retoma das aulas no ensino público e o consequente cumprimento do calendário académico.

O SINPES decretou a suspensão das aulas em Janeiro último, para reivindicar, essencialmente, a realização de eleições nas instituições do ensino superior e a revisão da massa salarial.

Reclama a reposição de subsídios, seguro de saúde, melhoria das infra-estruturas e do Fundo de Investimentos Científicos para unidades orgânicas e universidades públicas e privadas, além da regularização da dívida pública, do processo de provimento administrativo excepcional e da formação contínua dos professores.

O SINPES entregou ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, em 2018, um caderno reivindicativo com oito pontos, que deu lugar a três rondas negociais e à assinatura de um memorando, a 17 de Novembro de 2021.





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