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Defendida melhoria na distribuição dos manuais escolares

     Educação              
  • Cuando Cubango • Sexta, 18 Outubro de 2024 | 15h47

Menongue – O chefe de departamento do ensino geral do gabinete provincial de educação no Cuando Cubango, Benjamim Nguejia, defendeu, nesta sexta-feira, a melhoria nos processos de validação e certificação dos livros escolares do ensino primário, de formas a melhorar a distribuição nas escolas.

O responsável, que falava na abertura da sessão de auscultação pública da “Proposta de política do livro escolar”, realizada no anfiteatro do governo provincial, em Menongue, disse que tal melhoria visa garantir maior disponibilidade do livro escolar durante a realização do processo de ensino-aprendizagem, promovendo o hábito pela leitura, o respeito pelo livro e a sua reutilização.

Benjamim Nguejia disse que,  apesar dos esforços do Executivo, a distribuição do material ainda está aquém do desejado, pois até hoje são evidentes várias situações preocupantes das escolas do ensino primário, como escolas sem livros, alunos sem os adequados manuais escolares, agravados por casos de vendas dos manuais nos mercados informais.

Considerou importante que o executivo faça investimentos consideráveis no sentido de acabar com livros não certificados pelo Ministério da Educação, de maneiras a assegurar que os alunos e professores tenham este material escolar, de formas a garantir um processo de ensino e aprendizagem com qualidade.

Fez saber que o livro escolar desempenha um papel preponderante no processo de ensino e aprendizagem, daí a necessidade de uma definição de regras, critérios e objectivos na elaboração, certificação, produção e distribuição do livro escolar de forma a utilização e a reutilização deste importante recurso.

Sobre o encontro, disse que o mesmo teve como objectivo colher contribuições para o projecto do Decreto Presidencial que aprova a política nacional dos livros escolares, bem como ouvir contribuições das organizações juvenis e estudantes sobre a gestão dos livros escolares, para mudar o quadro actual, tendo como base propostas já desenhadas no projecto.

Na ocasião, a vice-governadora para os sectores político, social e económico do Cuando Cubango, Helena Chimena, disse que a apresentação dos objectivos da proposta de política do livro escolar se reveste de capital importância para o engrandecimento do sucesso no ensino de qualidade de forma harmoniosa e sustentável.

Reiterou que a origem do sistema educacional em Angola está simultaneamente ligada com a proclamação da Independência Nacional, aliadas às diferentes etapas da evolução do dia-a-dia no segmento dos diferentes estágios de desenvolvimento e crescimento social, político e económico do país.

Fez saber que desde a existência do Ministério da Educação, enquanto departamento ministerial responsável pela condução e promoção de todas as políticas relacionadas com a educação do país, sempre existiu a distribuição de materiais didácticos com particular realce aos livros, considerando que a política dos livros escolares constitui uma estratégia para o desenvolvimento integrado e sustentável do sistema de educação e ensino.

Afirmou que para se ter um ensino verdadeiro e de qualidade é fundamental que tanto os professores tanto os alunos possuam recursos didácticos e pedagógicos à sua disposição, como ferramenta científica para que se possa materializar os objectivos do processo de ensino e aprendizagem.

“Temos a consciência, enquanto governantes, que a boa qualidade de ensino não depende só do esforço e entrega dos professores, mas também dos factores de elaboração de materiais pedagógicos, eficazes com particular realce para o livro escolar”, sublinhou.

Conforme a responsável, torna-se fundamental estabelecer uma previsão legal e fixação dos livros escolares no sentido de que os alunos do ensino secundário possam adquirir tais materiais com custos reduzidos, até porque constitui um dever institucional do Executivo.

Helena Chimena apelou à participação das famílias angolanas, igrejas, organizações não-governamentais e outras instituições sociais, na sensibilização para a promoção, valorização e conservação do livro escolar, que deverá chegar ao destinatário directamente da editora sem recurso de intermediários. LMZ/FF/PLB

 





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