Soyo – A construção de novas unidades de ensino superior nos municípios de Mbanza Kongo e do Soyo, província do Zaire, arranca nos próximos dias, anunciou este sábado, o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugênio Adolfo Alves da Silva.
O governante fez esse anúncio quando falava à imprensa, na cidade do Soyo, à margem da cerimónia de outorga de diplomas a 465 recém-licenciados pelo Instituto Superior Politécnico local.
Eugênio da Silva explicou que estão em curso processos de identificação do financiamento e contratação das empresas que se vão encarregar pela edificação dos dois pólos universitários prometidos pelo Executivo há cerca de dois anos.
“Está para breve o lançamento dos dois projectos, tão logo se conclua alguns procedimentos administrativos”, assegurou.
De referir que, o município de Mbanza Kongo conta, actualmente, com a Escola Superior de Ciências Sociais, Artes e Humanidades, com 16 salas de aula, ao passo que o Soyo dispõe do Instituto Superior Politécnico (ISP), com 12 salas.
No âmbito do programa da reestruturação das unidades públicas de ensino superior, em curso no país, as duas instituições ganharam autonomia administrativa e financeira, após terem sido desanexadas da Universidade pública 11 de Novembro, com sede em Cabinda.
Por outro lado, o secretário de Estado disse ser aceitável a qualidade do ensino superior oferecido no país, frisando que essa constatação é fruto do acompanhamento e da supervisão que têm sido feitos pelo ministério a nível de todas as instituições afins.
Disse terem sido lançados cerca de 30 mil novos licenciados no mercado de trabalho a nível de todo o território nacional, no ano académico 2023/2024.
Do número de finalistas do ISP do Soyo, 252 são do sexo masculino e 213 do sexo feminino, que concluíram a sua licenciatura de quatro anos em Ensino de Matemática, Gestão Escolar, Ensino Primário, Engenharia Informática, Engenharia de Organização e Manutenção Industrial e Engenharia Mecânica.
Esta é a 2ª edição de outorga de diplomas e certificados a finalistas, desde que essa instituição de ensino superior se desanexou da Universidade Pública 11 de Novembro, com sede em Cabinda e a 9ª no seu historial.
O vice-governador do Zaire para o sector Político, Social e Económico, Afonso Nzolameso, disse que o lançamento de novos licenciados no mercado de trabalho deve ser encarado como uma responsabilidade da comunidade académica em contribuir na resolução de múltiplos fenómenos que ainda afectam a sociedade.
“A academia deve preparar quadros capazes de dar resposta aos problemas sociais, culturais, políticos, económicos, ambientais, entre outros que a dinâmica do mundo actual nos impõe”, reforçou.
Defendeu que a qualidade dos quadros deve ser aferida não apenas na assimilação dos conteúdos científico-académicos, mas no seu sentido mais amplo, enquanto processo de socialização e de transmissão de valores positivos de geração em geração.
Na mesma cerimónia, foram entregues certificados a 40 professores da mesma instituição, que concluíram a pós-graduação em agregação pedagógica, na Universidade Agostinho Neto, em Luanda. PMV/JL