Ondjiva – Os utentes de multicaixas no Cunene manifestaram-se agastados, esta sexta-feira, com as dificuldades encontradas no levantamento de dinheiro para a aquisição de bens para a quadra festiva, devido a longas filas ou falhas de sistema permanentes.
Em ronda efectuada pela ANGOP, os utentes defenderam a necessidade do abastecimento regular e suficiente dos Caixas Automáticos (ATM), visando a redução das enchentes que estão a criar constrangimentos na aquisição de bens de consumo sobretudo no mercado informal.
Desde finais de Novembro passado, a situação em torno dos mullticaixas na capital provincial, Ondjiva, é caracterizada por longas filas, falhas de sistema constantes e outros caixas sem dinheiro.
Para o utente Lucas Ndemuhonguela, o levantamento de valores nos caixas electrónicos está difícil, nos últimos dias, porque "os carregamentos diários não satisfazem a demanda".
Esclareceu que os multicaixas por vezes "têm valores", mas que em poucas horas acabam, pelo que instou os bancos a carregarem "quantidades suficientes" para evitar os actuais constrangimentos, nesta fase em que as famílias querem adquirir produtos para as festas.
Por seu turno, Marcelina de Jesus disse que, desde terça-feira (19), que não consegue fazer movimentos do seus salário, porque as enchentes são enormes e os compromissos laborais impossibilitam ficar várias horas nas filas dos ATM.
Face à situação, muitos utentes têm de madrugar para estar entre os primeiros da fila para conseguir levantar valores e comprar os bens alimentares e outros haveres necessários para brindar a família no Natal.
Constatou-se igualmente que apenas cinco ou quatro das 12 agências bancárias existentes, na cidade, têm disponibilizado valores de forma permanente nos ATM, mas devido à elevada procura os utentes são obrigados a permanecer por longas horas nas filas para efectuar operações bancárias.
A ANGOP tentou ouvir os gerentes de bancos que não quiseram dar declarações, justificando-se pela ausência de orientações das respectivas direcções.PEM/LHE/IZ
