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Produtores do Moxico denunciam excesso de burocracia no acesso ao FRACA

     Economia              
  • Moxico • Sexta, 20 Outubro de 2023 | 20h19
Produção agricola
Produção agricola
Assis Quituta-ANGOP

Luena – A província do Moxico regista fraca adesão dos produtores ao financiamento do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), alegadamente devido ao excesso de documentos exigidos no processo de candidatura, soube, esta sexta-feira a ANGOP.

Em declarações à ANGOP, o técnico do gabinete provincial do Desenvolvimento Económico e Integrado do Moxico, Moniz Landa, disse que há dois meses que a instituição aguarda a recepção dos processos dos produtores, entretanto, até ao momento nenhuma empresa submeteu a candidatura para obtenção de financiamento.

O FACRA tem a visão de contribuir para a diversificação da Economia, por via do investimento nas Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), no sentido de catalisar a produção nacional nos mais variados sectores da Economia real.

Entre os requisitos para obter o financiamento constam mais de 10 exigências, entre carta de solicitação de financiamento, plano de negócio, comprovação de registo comercial, registo criminal, certificado do INAPEM, certidão de não devedor da AGT e da segurança social, alvará.

Consta igualmente, um relatório sobre os exercícios económicos  e balanço  de demonstração dos resultados dos últimos três anos e licenças, acordo de vendas de produtos e prestação de serviços, entre outros.

Conforme  Moniz Landa, além das supostas exigências, grande parte das empresas demonstra incapacidade organizativa.

Moxico com mais de 90 projectos agrícolas pendentes no BDA

 Ainda sobre produção, cerca de 91 projectos de produtores do Moxico aguardam, há um ano, por financiamento do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), no quadro da implementação  do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).

Dos 131 projectos submetidos ao BDA em 2022, a nível da província, apenas 40 beneficiaram de financiamento, no valor de mil milhões, 371 milhões e 105 mil kwanzas.

Quanto aos demais projectos, maioritariamente do sector agrícola, disse que continuam pendentes no BDA, aguardando a validação e o consequente financiamento, para o início da actividade produtiva na região.

 A província, com 223 mil 23 quadrados, é habitada por perto de um milhão de pessoas, distribuídas em nove municípios, designadamente Alto Zambeze, Bundas, Camanongue, Cameia, Luacano, Luau, Léua, Luchazes e Moxico. TC/YD





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