Angola prevê produção de 300 mil toneladas de carne de frango a curto prazo

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  • Luanda • Segunda, 09 Setembro de 2024 | 18h11
Secretário de Estado para as Florestas, João da Cunha
Secretário de Estado para as Florestas, João da Cunha
Joaquina Bento-ANGOP

Luanda - Angola prevê aumentar, a curto prazo, a produção de carne de frango de 50 mil toneladas/ano para cerca de 300 mil toneladas, para atender o mercado interno, afirmou esta segunda-feira, em Luanda, o secretário de Estado para as Florestas, João da Cunha.

Para o alcance dessa ambiciosa meta, o Governo vai continuar a apostar forte no fomento da produção de grãos, para suprir a necessidade de matéria-prima, concretamente o milho e a soja”, disse, João  da Cunha, considerando que a produção desses produtos tem um mercado bastante promissor no país.

João da Cunha falava em conferência de imprensa, no final de  uma reunião entre o Governo e membros da Associação de Avicultores de Angola, orientada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.

O secretário de Estado, por sua vez, adiantou que, paralelamente, é preciso que os empresários transformem esse deficit em potencialidade, a curto e médio prazos, para aumentar a ração animal e o consequente volume da produção de carne de frango, bem como reduzir as importações, que custam cerca de 170 milhões de dólares, por ano.

Afirmou haver condições para atingir-se a auto-suficiência em carne de frango e ovos, a partir do momento em que se conseguir suprir o deficit de matéria-prima para o desenvolvimento da avicultura.

Neste sentido, avançou que, ainda este ano, vai entrar em funcionamento uma unidade de transformação de soja em ração animal, processo de produção de farelo e óleo, e garantiu aos avicultores, numa primeira fase, a importação deste produto, bem como de milho, para que sejam transformados internamente.

João da Cunha reiterou o engajamento do Governo em financiar os produtores através do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), da banca comercial, com a segurança do Fundo de Garantia de Crédito, do Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA), assim como dos programas de fomento à agricultura.

Sublinhou que o país está em fase de relançamento da produção nacional, em particular os produtos da cesta básica, tendo registado crescimento médio na ordem de seis por cento ano, o que traduz um aumento significativo da produção interna e garante, cada vez mais, a segurança alimentar e nutricional dos angolanos.

Por outro lado, deu a conhecer a aquisição, por parte do Ministério da Agricultura e Florestas, de insumos agrícolas, 40 mil toneladas de fertilizantes, já distribuídos pelas 18 províncias do país, devendo chegar, nos próximos dias, mais 250 mil toneladas.

Ao tomar a palavra, o presidente da Associação dos Avicultores de Angola, Rui Santos, disse que a aquisição de matéria-prima para a produção de ração esteve no centro do encontro, e sai satisfeito com as promessas para ultrapassar os principais empecilhos ao desenvolvimento da produção de carne de frango e de ovos em Angola, disse.

Considerou que para superar a actual produção de 50 mil toneladas de frango, os 120 associados precisam de 30 mil toneladas de ração, das quais 60% de milho e 40 por cento de soja.

Já o director-geral da empresa produtora de equipamentos de desenvolvimento da avicultura, Jamir Baptista, garante que a sua indústria tem capacidade instalada para atender o mercado nacional, bastando que seja financiada. OPF/VC





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