Luanda – O ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, valorizou a parceria com a Índia, durante um encontro promovido pela Associação Comercial Índia-Angola sob o tema “Índia-Angola uma parceria sincera, amistosa e sustentável.
No evento ocorrido esta sexta-feira, o chefe da diplomacia angolana reconheceu que a Índia foi um dos países que não abandonou Angola durante a crise político-militar que assolou o país.
Em função disso, sublinhou que o investimento dos empresários deste país asiático nos diversos sectores da economia angolana é bem-vindo, sobretudo nos minerais.
Na cerimónia o embaixador da Índia em Angola, Vidhu Nair, afirmou que o seu país pretende expandir a cooperação nos domínios da informática e dos minerais, no quadro do reforço da cooperação bilateral, cujo volume de negócio se estima actualmente em cerca de quatro mil milhões e meio de dólares.
O diplomata, que considerou boas as relações de cooperação entre os dois países, afirmou o desejo de expandir a cooperação nas áreas da informática e dos minerais enquadra-se, sobretudo, na estratégia de impulsionar os negócios.
“Temos uma grande comunidade indiana a fazer grandes negócios em Angola com grandes investimentos. Temos muitos empresários a darem empregos aos angolanos que beneficiam ambos os países”, enfatizou.
Durante a cerimónia, brindada com momentos culturais da índia, tomou posse a nova direcção da Associação Comercial Índia-Angola (AICA), que tem como presidente Nileshkumar Mehta.
A AICA, que existe há quatros anos e controla mais de 10 empresas indianas sediadas em Angola, tem como objectivo promover o interesse das empresas dos dois países.
No acto, foram também premiadas 10 empresa indianas que mais se destacaram para o engrandecimento da AICA.
A Índia estabeleceu relações diplomáticas com Angola em 1985 e, desde então, mantêm uma cooperação considerada “extremamente cordial”.
É o terceiro maior parceiro comercial de Angola, partilhando cerca de 10 por cento do comércio externo de Angola, principalmente por conta da compra de petróleo bruto.
A comunidade indiana em Angola é estimada em 5 mil pessoas, que se dedicam, essencialmente, ao comércio, saúde, agricultura e ao ‘offshore’, assim como uma presença significativa na indústria transformadora que lida com plásticos, metal, aço e vestuário. DSC/JM