Mbanza Kongo - O presidente do Conselho da Administração do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), Luzayadio Nsimba, pediu quarta-feira, em Mbanza Kongo, o engajamento da juventude em actividades empreendedoras que visam a geração de riqueza, renda e postos de trabalho.
Ao interagir com os participantes no Fórum Provincial de Garantia de Crédito, o responsável lembrou que o Zaire possui inúmeras potencialidades, nos mais variados domínios, que merecem ser aproveitados para alavancar a economia local.
O PCA do FGC referiu-se às potencialidades da região nos sectores da agricultura, pescas, turismo e em outros, frisando que a sua instituição está aberta para apoiar iniciativas viradas para produção de bens e serviços e na transformação da produção local.
No domínio da agricultura, por exemplo, o responsável destacou a particularidade de o Zaire contar com um mercado vizinho com a República Democrática do Congo (RDC), com cerca de 100 milhões de consumidores, onde pode escoar grande parte da sua produção excedentária.
Lamentou o facto de a província do Zaire continuar a adquirir produtos hortícolas como o tomate, a cebola, a berinjela e o pimento da região sul do país, quando localmente existe clima favorável para a produção destes bens em grande escala.
Aconselhou, ainda, os agricultores locais a “abrir à mão” a empresas do ramo de outras regiões do país e estrangeiras que queiram estabelecer parcerias no sector produtivo, frisando que esta partilha ajudaria na compartilha de conhecimentos e experiência que visam o fomento da actividade.
Por sua vez, o governador provincial do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, pediu aos administradores municipais para agilizar os processos de atribuição da documentação necessária aos agentes económicos que manifestam interesse em investir na região.
Aos agentes económicos, Adriano Mendes de Carvalho aconselhou para que solicitem lotes de terra que vão de acordo com as suas capacidades de investimentos, para quem haver empresários que chegam a requerer mais de três mil hectares que depois ficam sem o devido aproveitamento.
Zaire com 29 garantias de crédito já concedidas
A directora comercial do Fundo de Garantias de Crédito, Márcia José, informou , em declarações à imprensa, que já foram concedidas 22 garantias de créditos a pequenos empresários ligados à pesca artesanal no Zaire, avaliadas em mais de Kz 88 mil milhões
Sublinhou que outras 22 estão em fase de análise para a sua aprovação.
Disse que o apoio da sua instituição na garantia de crédito estende-se a todos os sectores produtivos, nomeadamente a agricultura, pecuária, pescas, indústria transformadora e outros de apoio ao sector produtivo.
Destacou, também, o sector logístico e de transporte como prioridade, frisando que este ramo da activiadade garante a chegada dos produtos produzidos aos mercados de consumo.
Enumerou como dificuldades apresentadas pelos agentes económicos locais durante o fórum, a conformação dos processos de solicitação de garantias de crédito, assim como a aquisição de documentos afins nas administrações municipais para a legalização e operacionalização das suas actividades.
Assegurou que o FGC está a trabalhar com os governos provinciais no sentido de viabilizar e flexibilizar os processos de direito de superfície, frisando que este documento é de suma importância na concessão de crédito bancário ao requerente.
Disse que as preocupações e as necessidades constatadas, durante a jornada de trabalho no Zaire, ajudarão na conformação processual para a solicitação da garantia e dos créditos por via da sua instituição.
O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) é uma instituição financeira não bancária, criada a 04 de Maio de 2012, para facilitar o acesso ao crédito bancário das Micro, Pequenas e Médias Empresas e empreendedores singulares, através de mecanismos de garantias públicas, para o desenvolvimento das suas actividades.
A cobertura máxima de garantia prestada pelo FGC a favor do banco, por cada operação financeira, é de 80% do valor crédito, sendo que o valor máximo de garantia é de Kz 10 milhões.
Os sectores legíveis são agricultura, silvicultura, pescas e pecuária, este como primário, assim como indústria transformadora, como secundário, e o comércio, transportes e serviços, como terciário.
O PGC concede garantias directa e indirecta, sendo que na primeira os promotores solicitam a emissão de pré-garantia, que em caso de aprovação serve para qualquer banco comercial, ao passo que, na segunda, os promotores solicitam o financiamento junto do seu banco, que ao identificar a insuficiência de garantias solicita-as ao FGC em nome do cliente ou promotor.
Neste âmbito, o FGC dispõe de três linhas de garantias, nomeadamente Garantias de Apoio à Produção (GAP), Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC) e o de Apoio aos Pequenos Negócios.
Este é o terceiro fórum de Garantia de Crédito que o FGC realiza fora de Luanda, tendo já passado pelas províncias de Cabinda, Namibe e Bié. PMV/JL
