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EUA: PR destaca avanços na produção de energia

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 14 Dezembro de 2022 | 16h46
Uma Subestação Energia Elétrica na Barragem da Matala
Uma Subestação Energia Elétrica na Barragem da Matala
António Escrivão - ANGOP

Washington (Dos enviados especiais) - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, esta quarta-feira, em Washington, que Angola depende cada vez menos da produção de energia de centrais térmicas.

Ao intervir num Fórum de Negócios, no quadro da Cimeira de Líderes EUA-África, o Chefe de Estado angolano disse que o país abandona, parcialmente, as fontes de produção poluentes.

Segundo o Presidente, que apresentava o tema  "Construindo o Futuro Sustentável, Parcerias para Financiar Infra-estruturas Africanas e a Transição Energética", o país investe forte na energia hidroeléctrica.

"Neste momento, a produção de energia eléctrica em Angola já é cada vez menos de fontes poluentes, de centrais térmicas movidas a diesel ou gás", sublinhou o estadista.

Conforme João Lourenço, Angola já dispõe das barragens de Laúca e Cambambe, estando em construção a de Caculo Cabaça, que vai produzir cerca de 2.1 gigawats de energia.

Com a entrada em cena desta última barragem, disse, Angola vai produzir  9 gigawatts de energia.

Disse que o país está a construir, já em fase avançada, a rede de distribuição de energia pelas centrais hidroeléctricas.

João Lourenço lembrou que está em construção, em parte concluída, a rede de distribuição dessa mesma energia na Bacia do Rio Kwanza, para levar o produto a todo o país. 

Essa energia, afirmou, já cobre a região centro, nomeadamente as províncias do Huambo e o Bié, estando em curso a busca de financiamentos para a transportar para o Sul, a fim de cobrir as províncias da Huíla, do Namibe e Cunene.

Pretende-se ainda que cubra  a zona leste, ou seja, as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico e Cuando Cubango. 

Em paralelo, disse, Angola aposta na produção de energia solar, com parques fotovoltaicos, dois dos quais  já fornecem energia à rede eléctrica nacional.

Ainda assim, o Chefe de Estado disse que Angola pretende atingir a taxa de 80 por cento de energia limpa, dentro de 3 anos.

Para tal, o Executivo continua a investir em projectos de produção de energia solar, um dos quais o maior que o país vai conhecer, a ser construído no sul de Angola, para beneficiar as províncias do Namibe, da Huíla, do Cunene e do Cuando Cubango. 

O mesmo será executado pela empresa norte-americana Sun África, com um financiamento do Exinbank, no valor de 2 mil milhões de USD.

"Pelo menos nesse ramo de produção de energias limpas, Angola já está a beneficiar dos financiamentos e do  conhecimento das empresas americanas nesse domínio", rematou.

O Fórum de Negócios é o ponto alto da agenda do segundo dia da Cimeira de Líderes EUA-África,   que decorre desde terça-feira, na capital norte-americana.

O evento, iniciativa do Presidente dos EUA, Joe Biden, encerra-se oficialmente na quinta-feira (15).

Vários temas da actualidade marcam os debates temáticos dessa  reunião, entre os quais a boa governação, a transparência, defesa do  ambiente e corrupção.

No quadro da cimeira, o Presidente angolano já interveio em duas ocasiões, sendo a primeira no Congresso Anual do Exinbank. 

À margem da cimeira, João Lourenço tem realizado, desde segunda-feira, vários encontros com homens de negócios e entidades da administração norte-americana. 

De igual modo, tem dialogado com altos responsáveis de organizações internacionais, como o Banco Mundial e USAID.

Participou, também, de uma Mesa Redonda com empresários dos EUA, aos quais convidou para investirem em Angola, principalmente nos sectores da energia, agricultura e turismo.

Com esses encontros, João Lourenço, que lidera uma delegação integrada por vários ministros, procura, essencialmente, promover a imagem de Angola e atrair os investidores americanos.

 





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