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Catadores de resíduos beneficiam de crédito do BDA

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 25 Novembro de 2022 | 15h24
Jovens recolhendo resíduos nas ruas de Luanda (Foto arquivo)
Jovens recolhendo resíduos nas ruas de Luanda (Foto arquivo)
Gildo Comanzala

Luanda - Dezanove jovens vinculados à Associação dos Jovens Catadores de Materiais Recicláveis de Angola beneficiaram de um crédito no valor unitário de 40 milhões de kwanzas do Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA), que permitiu a criação de 750 postos de trabalho.

De acordo com Manuel Lourenço Salvador, presidente da associação, submeteram ao Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA) 60 projectos) para financiamentos, dos quais 26 foram aprovados, destes 19 já estão carregados e os restantes 14 estão em avaliação, nos últimos cinco meses.

Para o efeito, disse o líder, os catadores contaram com a formalização e assessoria do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (Inapem).

Falando à imprensa, à margem de um encontro de concertação com o conselho de administração do Inapem, Manuel Salvador apresentou alguns constrangimentos no exercício das suas actividades que passam por mais formação em gestão dos resíduos, manuseio de meios técnicos, de biossegurança e de mais financiamento por parte da banca.

Na visão do responsável, com maior capacidade técnica e financeira, os seus associados poderão criar mais de 10 mil empregos nos próximos três anos.

“A natureza do nosso trabalho, a grosso modo, não necessita de pessoal qualificado, e o país debate-se com uma gritante falta de emprego, em particular nas camadas mais carenciadas, e estaríamos a ajudar Governo”, argumentou.

Manuel Salvador disse que estão instalados em três municípios de Luanda (Cazenga, Cacuaco e Kilamba Kiaxi), de onde recolhem cerca de duas mil toneladas de resíduos, com meios arcaicos como enxadas, pás, vassouras e carrinhos de mão.  

No entanto, o presidente da associação pede maior apoio das autoridades nacionais, com políticas públicas mais actuantes.

Por outro lado, o responsável disse que para além dos postos de trabalho com a recolha de resíduos, a sua organização ajuda a estabilizar as comunidades onde estão inseridas, tirando vários jovens da marginalidade.

Já o presidente do Conselho de Administração do Inapem, João Nkosi, defendeu uma aposta real no campo dos resíduos sólidos, Programa de Ajuda ao Crédito, (PAC-Reestruturado) foi possível formalizar os projectos e a consequente aprovação do BDA.

Para o gestor, estes jovens cooperantes dedicados à actividade de recolha de resíduos sólidos, pretendem ampliar o seu espaço na capacidade de resposta ante a demanda da produção de lixo na cidade capital e não só.

“O Inapem vai apoiar os jovens a melhorar às condições de trabalho, adquirir de meios modernos, e, consequentemente, aumentar a oferta de empregos para outros jovens, bem como possibilitar a profissionalização do negócio”, asseverou.





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