Luanda - O Banco Nacional de Angola (BNA) prevê arrancar, a 15 de Setembro, com os primeiros testes para avaliar a eficiência do sistema de gestão de risco, com destaque para a segurança cibernética da Standbox, disse hoje, em Luanda, o subdirector da área de Sistemas de Pagamento do BNA, Nuno Alves.
A Sandbox é um mecanismo/ferramenta de segurança que separa programas em execução, em um esforço para mitigar falhas do sistema e/ou vulnerabilidades de software.
Ao abordar sobre “O impacto da Sandbox Regulatória na inovação dos Serviços Financeiros”, num seminário dirigido aos jornalistas, sublinhou que o processo faz parte dos critérios de integração, exigindo que os participantes devem identificar e avaliar os potenciais riscos.
Nuno Alves detalhou que 30 dias, após o término do pedido de testes, os participantes deverão apresentar um relatório final, com os indicadores-chaves de desempenho das medidas acordadas para o sucesso ou insucesso dos testes realizados e os resultados.
De acordo com o mesmo, os riscos podem advir dos testes dos produtos, serviços financeiros, modelos de negócios e soluções tecnológicas inovadoras e afectar, tanto as instituições financeiras como para os consumidores, razão pela qual deve-se estabelecer medidas de mitigação, avaliação e documentação.
Nuno Alves diz que a Standbox deve criar procedimentos de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo e a proliferação de armas massivas, devendo ter igualmente uma estratégia de saída e de transição para o mercado.
Explicou que, para o processo, podem participar empresas nacionais com projectos a serem implementados em Angola, entidades sem vínculo parental ou de afinidade com profissionais do LISPA - Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos (LISPA), uma iniciativa do Banco Nacional de Angola.
Constam igualmente dos critérios, a inovação genuína, benefício para a sociedade e sistema financeiro, projectos que estejam dentro do âmbito do programa e de entidades recém-criadas ou já existentes.
Sandbox surge com intuito de acompanhar a evolução e modernização dos Sistemas de Pagamentos de Angola, bem como de dar resposta aos desafios que as fintech e instituições financeiras têm enfrentado no âmbito da inserção de novos produtos e serviços inovadores no mercado financeiro.HEM/AC